Axl Rose se solidariza com palestinos e condena genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza
O protesto do músico ocorreu durante um show da banda Guns N' Roses. Vídeo
247 - O músico Axl Rose demonstrou solidariedade à Palestina e mostrou uma bandeira com a frase com a frase "Eu não preciso da sua guerra civil", durante um show da banda Guns N' Roses na Colômbia. A apresentação do grupo ocorreu nessa terça-feira (7).
Os protestos contra Israel aumentaram em um contexto de bloqueio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Forças israelenses interceptaram flotilhas (embarcações) que levariam comida e medicamentos para o território palestinos.
Na última segunda (6), Israel deportou a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 ativistas que estavam detidos. Mais de 400 pessoas chegaram a ficar sem paradeiro por conta das interceptações feitas pelo país asiático contra embarcações.
Estatísticas preocupantes
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nesta quarta-feira (8) que cerca de 64 mil crianças morreram ou ficaram feridas em decorrência do conflito na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Entre elas, segundo o órgão, estão aproximadamente mil bebês.
De acordo com o Ministério da Saúde local, mais de 66 mil palestinos de todas as idades perderam a vida no território ao longo dos dois anos de confrontos.
Além das mortes e ferimentos, as hostilidades afetaram a entrada de suprimentos essenciais em Gaza. Em 22 de agosto, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 500 mil pessoas no território enfrentam situação de fome, marcando a primeira vez em que a ONU declarou oficialmente esse cenário no Oriente Médio.
Ações judiciais internacionais
Em dezembro de 2023, a África do Sul protocolou na Corte Internacional de Justiça (CIJ) uma denúncia contra Israel, alegando violações relacionadas à Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. O pedido incluía medidas cautelares para autoridades israelenses, sob o argumento de que a ofensiva militar e a crise humanitária em Gaza configurariam descumprimento do tratado. Israel rejeitou as acusações e afirmou que suas ações tinham caráter de autodefesa. O Brasil manifestou apoio ao processo apresentado por Pretória.
Em janeiro de 2024, a CIJ determinou que Israel adotasse providências para evitar práticas que pudessem caracterizar genocídio, além de punir incitações ao ódio e garantir a entrada de ajuda humanitária. No entanto, o tribunal não acatou o pedido de suspensão imediata das operações militares.
Posteriormente, em novembro de 2024, a CIJ expediu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, contra o então ministro da Defesa Yoav Gallant e também contra líderes do Hamas, todos acusados de crimes de guerra. Tanto Israel quanto o Hamas negaram envolvimento em violações ao direito humanitário internacional.