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Veja o momento em que PF destrói equipamentos de garimpo ilegal na Amazônia (vídeo)

Ação conjunta no Amazonas mira garimpo ilegal e condições de trabalho precárias

Polícia Federal realiza operação contra garimpo ilegal no Rio Madeira/AM - 15/09/2025 (Foto: Divulgação/PF)

247 - A Polícia Federal realizou nesta segunda-feira (15), no Amazonas, uma operação de grande porte contra o garimpo ilegal no Rio Madeira. Segundo informações divulgadas pela própria instituição em seu portal oficial, a ação resultou na destruição de 71 dragas utilizadas na extração irregular de minérios entre os municípios de Manicoré e Humaitá.

A operação foi conduzida sob coordenação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), com apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A iniciativa teve como base decisão da Justiça Federal do Amazonas, que autorizou a eliminação dos equipamentos.

Cooperação inédita entre forças de segurança

De acordo com a Polícia Federal, desde 2023 vêm sendo realizadas ações de repressão ao garimpo na região, mas a atual operação trouxe como diferencial a coordenação entre múltiplos órgãos nacionais, sob supervisão do Judiciário. O objetivo central é ampliar a eficácia no combate à mineração ilegal, considerada uma das principais causas de degradação ambiental no Amazonas.

Além do foco ambiental, a presença do MPT e do MTE busca fiscalizar e adotar providências diante das condições precárias de trabalho a que estão submetidos os trabalhadores encontrados nas balsas. Relatos anteriores já indicavam situações de exploração laboral nesses locais, com jornadas extenuantes e ausência de garantias mínimas de segurança.

Impacto da Operação Boiúna

Batizada de Operação Boiúna, a ofensiva ainda tem dados pendentes sobre as ações no estado de Rondônia, onde também há forte presença de garimpo ilegal. As dragas destruídas no Amazonas representam apenas uma parte do esforço das autoridades para conter a atividade, que, além de danos socioambientais, alimenta uma cadeia econômica clandestina.

Segundo a Polícia Federal, representantes como o delegado Paulo Henrique, coordenador do CCPI Amazônia, e o delegado Rafael Grummt, chefe da Delegacia de Meio Ambiente da Superintendência do Amazonas, estão disponíveis para entrevistas sobre os desdobramentos da operação.

O Rio Madeira, um dos mais extensos da bacia amazônica, tem sido alvo recorrente de disputas envolvendo garimpeiros, comunidades tradicionais e órgãos de fiscalização. A operação desta semana marca mais um capítulo da luta contra atividades ilegais que comprometem tanto o meio ambiente quanto os direitos trabalhistas na região.

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