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Veja como cada partido e deputado votou na urgência do projeto de anistia

Parlamentares aprovaram a tramitação acelerada da proposta com 311 votos favoráveis e 163 contrários, segundo o G1

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Bruno Spada /Ag. Brasil)

247 - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17) o regime de urgência para o projeto de lei que trata da anistia a envolvidos em atos de caráter político. O placar foi de 311 votos a favor, 163 contrários e 7 abstenções. A decisão permite que o texto pule a análise em comissões e siga direto para o plenário, encurtando o processo legislativo.O portal lembra, no entanto, que o conteúdo final da proposta ainda não está definido. Para viabilizar a urgência, os parlamentares utilizaram um projeto já existente, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), como base inicial. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressaltou que ainda haverá debates antes da definição da versão definitiva.

Como votaram partidos e bancadas

A divisão partidária na votação expôs os alinhamentos políticos em torno do tema. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deu 85 votos a favor da urgência, com presença integral da bancada. O Republicanos registrou 40 votos favoráveis contra apenas uma dissidência, enquanto o PP apoiou majoritariamente, com 43 votos a favor e 6 contrários. O União Brasil (49 votos) e o PSD (28 votos) também integraram o bloco de apoio à aceleração da análise.Na oposição, a posição foi coesa contra o regime de urgência. O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, votou integralmente contra, com todos os 66 deputados presentes. Também rejeitaram a proposta os parlamentares de PSB, PDT, PSOL, PCdoB, PV e Rede, em unanimidade dentro de suas bancadas.

O conteúdo do projeto em debate 

O texto apresentado por Marcelo Crivella propõe anistiar todos os que participaram de manifestações com motivação política ou eleitoral desde 30 de outubro de 2022 até a entrada em vigor da lei. A medida inclui atos de apoio por meio de doações, serviços, logística ou publicações em redes sociais.Ainda não está claro se a redação que será votada em plenário contemplará figuras específicas. A dúvida principal recai sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Nos bastidores da Câmara, parlamentares sinalizam que o texto final deve focar na redução de penas, sem extinguir condenações.

Próximos passos

Apesar da aprovação da urgência, ainda não há data marcada para a votação do mérito do projeto. As negociações devem se intensificar nos próximos dias, já que diferentes bancadas pressionam por ajustes na proposta que pode impactar diretamente o cenário político e jurídico do país.

Veja como votaram os partidos e deputados, segundo o G1

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