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Uchôa: Jorge Messias é nome mais preparado para suceder Barroso no STF

"Um dos grandes nomes da República”, afirmou o jurista sobre o chefe da AGU

Marcelo Uchôa (Foto: Jacques Antunes/Brasil 247)

Por Adele Robichez, José Eduardo Bernardes e Larissa Bohrer, Brasil de Fato - O jurista Marcelo Uchôa, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e do Grupo Prerrogativas, afirmou em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, que o advogado-geral da União, Jorge Messias, é o nome mais preparado para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso.

“Se dependesse da minha opinião pessoal, o ministro do STF seria Jorge Messias porque eu considero o atual advogado-geral da União um dos principais personagens da manutenção democrática nesse país. Na verdade, um dos grandes nomes da República”, declarou Uchôa. Para ele, Messias “significaria 30 anos de tranquilidade institucional pela coragem que ele já demonstrou ter e pela competência que ele também demonstrou possuir”.

Segundo o jurista, a atuação firme de Messias durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, ao lado do então ministro da Justiça Flávio Dino, hoje no STF, e do diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o consolidou como uma figura-chave na defesa da democracia. “Ele tem sido defensor da classe trabalhadora, dos programas sociais do governo Lula”, acrescentou.

Uchôa também elogiou o legado de Barroso à frente da Corte, mesmo com contradições em sua trajetória, como o voto que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão, durante a operação Lava Jato. Mais tarde, admitiu os erros da ação. “A passagem do ministro Luís Roberto Barroso é a passagem de um liberal pela corte, com pautas progressistas aqui, mas com pautas negativas acolá. Ele termina com uma boa imagem, porque termina como um defensor intransigente da democracia”, avaliou.

Apesar de reconhecer a importância da representatividade feminina e negra no Judiciário, Uchôa defendeu que o momento político pede um nome com experiência institucional e alinhamento ao projeto democrático do governo. “Eu vejo que há sentido, evidentemente, em corrigir as distorções históricas, mas o Supremo tem se mostrado uma instituição de tamanha importância que eu não consigo vislumbrar, fora Jorge Messias, alguém que tenha a possibilidade de preencher a Corte nesse momento”, afirmou.

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