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TikTok Shop já gira US$ 46,1 milhões por mês, 3 meses depois do seu lançamento, e acende alerta no Mercado Livre

Plataforma de social commerce se destaca no Brasil e coloca o Mercado Livre em alerta para novas estratégias

Logo do TikTok logo em um celular 06/01/2020 (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

247 - Lançado em maio de 2025, o TikTok Shop, plataforma de e-commerce da famosa rede social, já mostrou sua força no mercado brasileiro. Apenas três meses após seu lançamento, a plataforma alcançou um volume impressionante de US$ 46,1 milhões em vendas mensais, o que representa um crescimento de 4.500% em relação aos primeiros meses de operação. Este desempenho coloca a ferramenta como uma ameaça direta a gigantes do setor, como o Mercado Livre, que detém a liderança no e-commerce brasileiro.

O Itaú BBA, em relatório divulgado no dia 9 de setembro, ressaltou que o atual cenário competitivo no Brasil é o mais desafiador que já foi visto para as empresas do setor. No período entre maio e agosto de 2025, o volume bruto de mercadorias (GMV) da TikTok Shop saltou de US$ 1 milhão para US$ 46,1 milhões, com um crescimento contínuo em cada mês. Em junho, as vendas atingiram US$ 10,1 milhões, e em julho, US$ 25,7 milhões, indicando uma trajetória de crescimento acelerado.

Em termos de participação de mercado, o Itaú BBA calculou que o TikTok Shop representa aproximadamente 2% das vendas do Mercado Livre no Brasil, que continua sendo o maior player do setor com mais de 40% de participação. A análise do banco revela que cerca de 50% das vendas do TikTok Shop no Brasil vêm da aba "loja", o que reflete um comportamento de compra semelhante ao dos consumidores do Mercado Livre, elevando ainda mais a competição entre as duas plataformas.

O crescimento da Shopee, que segue expandindo em ritmo acelerado no Brasil, com um aumento de 60% a 70% em relação ao ano passado, e a estratégia de logística reforçada da Amazon, também estão pressionando o Mercado Livre a adaptar suas estratégias para se manter competitivo. O banco destaca que, para manter sua liderança, o Mercado Livre precisará investir de forma contínua em logística, sistemas de pagamento e programas de fidelidade, apesar da incerteza quanto à rentabilidade a curto prazo.

Segundo o Itaú BBA, esse ambiente altamente competitivo exige que o Mercado Livre repense suas estratégias, com foco na melhoria da experiência do usuário e no reforço de sua infraestrutura logística, enquanto lida com a volatilidade do mercado, especialmente devido aos desafios econômicos na Argentina.

No entanto, o relatório também sugere que a chegada de novas plataformas e o aumento dos investimentos no setor devem acelerar a migração do consumo offline para o online. Isso, a longo prazo, pode ampliar o mercado de e-commerce no Brasil, beneficiando toda a indústria digital.

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