Tarcísio descarta Kassab como vice em 2026
Governador paulista rejeita Kassab como vice e reforça foco na reeleição em São Paulo
247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comunicou a aliados que não existe possibilidade de Gilberto Kassab, presidente do PSD e atual secretário de Governo, compor sua chapa como vice em 2026. A vaga era considerada prioridade para Kassab, que vislumbrava assumir futuramente o Palácio dos Bandeirantes. Entretanto, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Tarcísio deixou claro a interlocutores que não pretende abrir espaço para o projeto pessoal do dirigente. Questionado, o governo estadual não se manifestou.
Kassab reforça apoio a Ratinho Júnior
Após a negativa, Kassab intensificou a articulação em torno de outro nome. Nos últimos dias, reuniu empresários em São Paulo para defender a candidatura presidencial de Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná. A movimentação desagradou aliados de Tarcísio, que enxergaram a iniciativa como um afastamento estratégico do projeto paulista.
Aliados rebatem rumores sobre desistência
Ainda conforme a reportagem, interlocutores próximos a Tarcísio atribuem ao grupo de Kassab a narrativa de que o governador teria desistido de disputar a Presidência diante da recuperação da popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e das críticas à defesa da anistia. O governador, no entanto, reafirma que seu projeto principal é a reeleição.
Reeleição como prioridade de Tarcísio
Entre os motivos citados pelo governador para permanecer em São Paulo estão a adaptação de sua família, a necessidade de concluir projetos em andamento e a percepção de que buscar a reeleição é uma opção mais segura, especialmente diante da força política do governo federal.
Diferente de 2022, quando dependia de alianças para se consolidar eleitoralmente, Tarcísio avalia hoje ter independência suficiente para escolher seu vice sem precisar da influência de Kassab.
Presidência ainda no radar, mas com condições
Embora a prioridade seja a reeleição, Tarcísio não descarta totalmente disputar a Presidência. Essa decisão, porém, só ocorreria caso houvesse um pedido direto de Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar, e se houvesse unidade na direita — cenário improvável, já que parte do bolsonarismo apoia Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o Planalto.