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      Sindifisco Nacional: "megaoperação mostra que Brasil tem potencial de ser exemplo mundial no combate ao crime organizado"

      Entidade também critica as fake news lançadas no começo deste ano contra uma maior supervisão da plataforma PIX

      Carros de polícia na Avenida Faria Lima, em São Paulo, durante operação contra lavagem de dinheiro - 28/08/2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - A operação Carbono Oculto, na quinta-feira (28), demonstrou a importância dos auditores-fiscais e da Receita Federal no combate ao crime organizado, afirmou o Sindifisco Nacional em nota nesta sexta-feira (29).

      "A descoberta do esquema multibilionário revela que o estado brasileiro está preparado para rastrear atividades com alta sofisticação de estruturas de ocultação, com múltiplas camadas que dificultam a identificação dos beneficiários finais", destaca o sindicato. 

      A entidade afirmou ainda que é necessário facilitar o trabalho dos profissionais da Receita, e expressou apoio à norma do governo federal que obriga as fintechs e instituições de pagamento a entregar declarações ao fisco.

      "Com o recurso, será possível rastrear um novo universo utilizado pelo crime organizado, que atua não apenas no setor de combustíveis, mas pode ter braços também no mercado bilionário das bets, entre outros. Acreditamos que, com acesso às movimentações financeiras das fintechs, o Brasil pode se tornar exemplo mundial de combate ao crime organizado", afirma a nota. 

      O Sindfisco Nacional também criticou as fake news lançadas no começo deste ano contra uma maior supervisão da plataforma PIX. "É inegável que as fake news relacionadas à primeira tentativa da Receita Federal de ter maior fiscalização das fintechs, em janeiro desde ano, resultou na manutenção de brechas regulatórias para evitar a fiscalização, podendo ter causado a sonegação fiscal de milhões de reais", afirma. 

      "Outro ponto a ser observado é a necessidade de fortalecimento da transparência em fundos de investimento. Atualmente, os fiscos não conseguem requerer a identificação de beneficiários finais em fundos de investimento, especialmente os fechados e com múltiplas camadas societárias. Caso tenhamos acesso a esses dados, será possível prevenir a ocultação de patrimônio. O Sindifisco Nacional estuda apresentar à Receita Federal uma série de sugestões para impulsionar e facilitar o combate ao crime organizado", completa a nota. 

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