TV 247 logo
      HOME > Brasil

      Caiado defende liberação de dados do Coaf às polícias estaduais para combater crime organizado

      Segundo o governador de Goiás, acesso é necessário para que estados aprofundem investigações e identifiquem as diferentes formas de lavagem de dinheiro

      O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
      Leonardo Sobreira avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, avaliou, nesta sexta-feira (29), como positiva a megaoperação deflagrada, na véspera, pela Polícia Federal (PF) contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e seu esquema de lavagem de dinheiro pelo país. 

      Caiado reiterou sua defesa de que as polícias estaduais tenham acesso aos relatórios de inteligência produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), conforme consta na proposta alternativa à PEC da Segurança que elaborou e apresentou, ainda em dezembro, a governadores e ao Ministério da Justiça. 

      “Hoje só o governo federal tem acesso a essas informações. E você só pode fazer uma operação dessas se tiver os dados do Coaf. Os estados precisam dessas informações para rastrear o dinheiro do crime organizado. Essa é exatamente a minha grande luta para que a gente possa ter esses resultados”, destacou Caiado. 

      “O compartilhamento de informações é fundamental para que os estados possam entender cada vez mais a maneira das facções de moldar, de desviar e lavar dinheiro de diferentes formas. Se nós, Estados, tivéssemos acesso, é lógico que teríamos como chegar muito mais rápido às pessoas que transformam o Caixa 2 em verdadeiros impérios imobiliários, industriais, de refinaria, ou, amanhã, em investimento em criptomoedas”, completou o governador. 

      Segundo ele, a atuação das forças de segurança estaduais se restringe a operações de inteligência e de barreiras policiais atualmente. Mesmo com fartos indícios de enriquecimento ilícito por uma pessoa ou organização, é impossível rastrear o caminho do dinheiro, afirma. 

      “Na parte financeira, ficamos de mãos atadas. Temos toda a suspeita, mas precisamos provar. Por isso insisto que uma autoridade do estado precisa ter acesso ao Coaf, para combater esse crime que é diferente do que conseguimos enfrentar hoje”, concluiu Caiado. 

      Relacionados

      Carregando anúncios...