Reag Investimentos vende gestora para Smart Hub por até R$ 75 mi
A operação inclui a venda da totalidade das cotas da Empírica Holding, adquirida pela Reag Investimentos em 2024
247 - A Reag Investimentos anunciou na noite de terça-feira (9) a assinatura de um memorando de entendimentos (MoU) para a venda de 100% das cotas da Empírica Holding, uma gestora de crédito que foi adquirida pela companhia em 2024, à Smart Hub Participações.
A negociação tem valor de até R$ 75 milhões e representa a segunda venda de ativos da Reag Investimentos, que já enfrenta uma série de acusações graves. A empresa é uma das principais envolvidas na Operação Carbono Oculto, que investiga o vínculo de fundos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além da aquisição das cotas, a Smart Hub se compromete a pagar R$ 25 milhões em seis parcelas. Essa quantia será complementada pela assunção de dívidas que a Reag Asset Management havia contraído ao adquirir a Empírica, estimadas entre R$ 36 milhões e R$ 50 milhões. A venda será estruturada de forma a pagar 10% do valor na primeira parcela, com incrementos semestrais até atingir 25% nas duas últimas. O pagamento total, com base nas parcelas acordadas, deverá ocorrer ao longo de três anos.
A Reag Investimentos também informou que o valor da dívida não pode ser completamente precisado neste momento. O montante final será definido com base em um percentual das receitas líquidas da gestora, a ser apurado nos exercícios futuros, que vão até 2028. A transação está sujeita a uma série de condições precedentes, incluindo a obtenção das aprovações regulatórias necessárias, a realização de uma due diligence satisfatória por parte da Smart Hub e a negociação de documentos definitivos.
Em um comunicado recente, a Reag também divulgou que o fundador João Carlos Mansur, que estava à frente da companhia, vendeu sua participação para outros sócios e se retirou da gestão da empresa no domingo, 7 de setembro. Esta movimentação vem em um momento delicado para a Reag, que está sob intensa investigação e enfrentando desafios no mercado financeiro.
A consumação da operação de venda dependerá de uma série de formalidades legais e regulatórias, incluindo a análise detalhada das finanças da empresa e a análise do órgão antitruste. A expectativa é que o processo se desenrole nos próximos meses, com os principais detalhes financeiros sendo definidos ao longo do tempo.
