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      Reag Investimentos desmente negociação com Galapagos, em meio à crise provocada pela operação Carbono Oculto

      Em comunicado, a Reag Investimentos se desculpa após desentendimento com a Galapagos Capital sobre possível negociação de ativos

      Reag Investimentos (Foto: Divulgação)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A Reag Investimentos se retratou nesta terça-feira, 2 de setembro, após uma polêmica envolvendo a Galapagos Capital. A questão surgiu após uma reportagem do jornal O Globo, que alegou que as duas empresas estavam discutindo uma negociação de ativos. A Reag, fundada em 2019, chegou a emitir um comunicado afirmando que a Galapagos estava entre as interessadas na compra de seus ativos, mas, em uma nova nota publicada pouco tempo depois, voltou atrás. A informação foi inicialmente revelada pela Reuters.

      Em uma nota oficial enviada à Reuters, a Galapagos Capital esclareceu que não estava envolvida em nenhuma negociação com a Reag, afirmando que "não tem interesse em qualquer negociação e/ou tratativa para aquisição da Reag Investimentos, de suas afiliadas e/ou de quaisquer de seus ativos". A empresa destacou ainda que tomaria "todas as medidas legais cabíveis" diante da falsa afirmação sobre sua participação nas negociações.

      A Reag, por sua vez, confirmou que havia realizado uma conversa preliminar com a Galapagos, mas destacou que "a negociação não foi adiante em razão da ausência de interesse da Galapagos". A companhia também afirmou que não há qualquer negociação em andamento com a empresa. Essa declaração surgiu após a Reag ter mencionado, em um pedido de esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que estava em discussões com diferentes partes do mercado, incluindo a Galapagos, sobre uma possível venda de seu bloco de controle.

      Esta retratação da Reag Investimentos ocorre em um momento delicado, pois a empresa foi alvo de uma megaoperação realizada pela Polícia Federal na semana passada. A operação, que envolveu 10 estados, visava desmantelar um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. A operação teria atingido, entre outros, fundos de investimento e fintechs acusados de receber recursos vinculados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A Reag confirmou que sua sede foi alvo de um mandado de busca e apreensão, mas garantiu que estava colaborando com as autoridades.

      O episódio gerou especulações sobre o futuro da Reag Investimentos, que tem enfrentado um intenso escrutínio público após os desdobramentos da operação da Polícia Federal. No entanto, a empresa parece estar empenhada em esclarecer sua posição e afastar qualquer envolvimento com atividades ilegais.

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