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      PT protesta contra afastamento da deputada Camila Jara

      Partido denuncia manobra para criar falsa equivalência e proteger parlamentares bolsonaristas acusados de obstruir a Câmara

      Camila Jara (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O Partido dos Trabalhadores (PT) reagiu com indignação à decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de inicialmente indicar o afastamento do mandato por até seis meses da deputada federal Camila Jara (PT-MS). A crítica mais contundente veio do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada, que classificou a medida como uma tentativa de fabricar “falsa equivalência” e punir quem defendeu a democracia. As declarações foram publicadas em suas redes sociais.

      Partido da extrema direita, o PL havia feito uma representação contra a parlamentar petista, acusada de suposta agressão ao bolsonarista Nikolas Ferreira (Pl-MG). Mas o nome de Camila Jara não constou na lista final dos 14 parlamentares que tiveram seus nomes encaminhados por Hugo Motta à Corregedoria Parlamentar da Casa por conta do motim desta semana que tinha como objetivo travar o andamento dos trabalhos na Casa e colocar em votação uma possível anistia a Jair Bolsonaro, réu no inquérito da trama golpista. 

      Segundo Lindbergh, a decisão contra Camila Jara ignorava o contexto real dos acontecimentos. “É um absurdo a tentativa de afastar a deputada federal Camila Jara (PT-MS) para criar uma falsa equivalência ou imparcialidade e forçar a ideia de punição ‘aos dois lados’. Essa manobra ignora que o que aconteceu foi um ataque institucional orquestrado pela extrema direita, com a tomada de assalto e o sequestro da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados”, afirmou.

      O líder do PT destacou que parlamentares bolsonaristas praticaram agressões, intimidações e obstruíram de forma violenta o funcionamento da Câmara. Para ele, punir Camila Jara significa punir quem resistiu ao golpismo. “No caso específico da deputada Camila, houve um tumulto atrás da Mesa que gerou um ato reflexo de legítima defesa de uma mulher para proteger a sua integridade física contra um corpo em sua direção. Nós vamos recorrer dessa decisão absurda. Não aceitaremos que se deturpe a verdade dos fatos para proteger golpistas e intimidar quem os enfrenta. A democracia não se defende punindo quem a protege”, declarou.

      Situação de Jair Bolsonaro

      O ex-presidente e atual líder da extrema direita no Brasil é réu na investigação do plano golpista, está em prisão domiciliar e cumpre medidas cautelares. As acusações somam penas que, se confirmadas, podem ultrapassar 40 anos de prisão.

      Essa disputa no Legislativo expõe a tensão entre parlamentares que tentam barrar iniciativas golpistas e setores que atuam para proteger os envolvidos nesses ataques às instituições. Para o PT, o afastamento de Camila Jara representa um grave precedente de criminalização da resistência democrática.


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