Presidente do PT, Edinho Silva chama Trump de "o maior líder fascista do século XXI" e condena o genocídio palestino
Em discurso contundente, novo dirigente nacional do PT defende reeleição de Lula como trincheira contra o avanço da extrema direita global
247 - Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, que marcou sua posse como novo presidente nacional da sigla, Edinho Silva fez um pronunciamento incisivo contra o avanço da extrema direita no mundo. Em tom direto, o ex-prefeito de Araraquara afirmou que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é “o maior líder fascista do século XXI” e o principal símbolo do retrocesso democrático global.
De acordo com Edinho, a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 é decisiva para barrar o que classificou como a consolidação do fascismo no Brasil e no cenário internacional. “A reeleição do presidente Lula significa mais um passo para derrotar as forças do fascismo neste país, do fascismo explícito ou do fascismo implícito hegemonizado pelo pensamento fascista que hoje infelizmente forma e tenta construir maioria na sociedade brasileira”, declarou.
O dirigente destacou que há setores que defendem abertamente ideias autoritárias e outros que, mesmo sem assumirem esse rótulo, reproduzem práticas e discursos alinhados ao fascismo. “Tem aqueles que defendem explicitamente o fascismo e tem aqueles que se deixam hegemonizar pelo fascismo. Temos que derrotar ambos, porque ambos significam o retrocesso da democracia, retrocesso dos direitos humanos, retrocesso do projeto de país que nós queremos”, completou.
Ao abordar o papel de Donald Trump nesse processo, Edinho não poupou críticas. “Quero dizer sem nenhum temor que estamos enfrentando o maior líder fascista do século XXI, que é Donald Trump. Ele é o representante do fascismo”, afirmou. Para ele, as ações do presidente norte-americano em relação aos imigrantes revelam seu desrespeito absoluto aos direitos humanos. “Se alguém tem dúvidas, é só olharmos o que ele faz com os imigrantes nos EUA, o que faz ao transformar El Salvador, talvez, no campo de concentração do século XXI, tratando imigrantes de forma desumana, violenta".
"Não é um discurso nacionalista, é um discurso que rasga os direitos humanos, que na prática enfraquece aquilo que foi construído a duras penas pós Segunda Guerra Mundial, em 1948, que foi a Declaração Internacional dos Direitos Humanos”, afirmou.
Embora não tenha detalhado em sua fala o contexto da Palestina, Edinho condenou o genocídio do povo palestino, integrando essa denúncia a um posicionamento mais amplo de defesa dos direitos das populações historicamente oprimidas. A menção ao massacre de civis reforça o discurso do dirigente contra a normalização de regimes autoritários e de violações sistemáticas ao direito internacional. Ele conclamou o povo judeu a pressionar o governo de Benjamin Netayahu pelo genocídio na Faixa de Gaza: “Aqueles que foram vítimas e que deram origem de forma fundamental à Declaração dos Direios Humanos, que é o povo judeu, os judeus têm que defender os direitos humanos. Nao é possível que o povo judeu rasge a Declaração dos Direitos Humanos, convivendo com a situação da Palestina. O povo judeu tem que ser maior que o atual govermo de Isarel. Temos que fazer este debate com muita coragem e sobriedade”.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: