Petrobras estuda compra de fazendas solares para reduzir custos de energia

247 - A Petrobras avalia a compra de fazendas solares para abastecer suas unidades, incluindo a Transpetro, sua subsidiária logística. A informação foi confirmada pelo presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, em declaração à Reuters durante a conferência Rio Pipeline, no Rio de Janeiro.

Segundo Bacci, as discussões estão sendo conduzidas com a diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, liderada por Angélica Laureano. Atualmente, a Transpetro já utiliza energia solar em dois terminais, localizados em Guarulhos (SP) e Belém (PA), e prepara a expansão para um terceiro, em Coari (AM).

Projeto piloto na Amazônia

O executivo destacou que Coari, no coração da Amazônia, deve receber a próxima unidade movida a energia solar. “Nossa ideia é que o próximo terminal com energia solar seja em Coari, em plena selva amazônica. A diretora Angélica nos chamou para tentar fazer um trabalho conjunto com a Petrobras, comprando uma fazenda para instalação de placas solares”, afirmou.

Atualmente, o terminal de Coari funciona com energia gerada a diesel, o que eleva custos e pressiona a sustentabilidade da operação. Para o presidente da Transpetro, a adoção de energia fotovoltaica segue a tendência de grandes companhias internacionais, que têm adquirido extensas áreas para instalar parques solares e abastecer suas atividades.

Redução de custos e abrangência do sistema

Questionado sobre a abrangência do projeto, Bacci esclareceu que a iniciativa não se limitará a Coari. “O objetivo é abastecer o sistema Petrobras. Não sei se essa fazenda vai suprir toda a demanda da Petrobras, que é enorme. Para isso, precisaríamos de milhares de quilômetros quadrados. Mas a ideia é ao menos reduzir o custo com energia”, disse.

A previsão é que o projeto solar em Coari esteja operacional já no próximo ano, embora ainda não tenham sido divulgados os números sobre a demanda total de energia que será suprida.

Estratégia de sustentabilidade

Para Bacci, o movimento reforça o esforço da companhia em diversificar sua matriz energética. “Estamos trabalhando com a diretora Angélica em um projeto mais amplo para o sistema Petrobras, no qual possamos, se possível, abastecer grande parte dos nossos ativos com usinas fotovoltaicas”, declarou.