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      "Perfeita, magistral", diz Marcelo Uchôa sobre acusação de Gonet no julgamento de Bolsonaro

      Jurista destacou que a acusação de Paulo Gonet foi histórica, objetiva e decisiva para consolidar a responsabilização de Bolsonaro e aliados

      Marcelo Uchôa (Foto: Jacques Antunes/Brasil 247)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O jurista Marcelo Uchôa elogiou a atuação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à TV 247, no intervalo da sessão desta terça-feira (2), Uchôa classificou a acusação como “perfeita” e “magistral”, destacando o impacto histórico do discurso.

      Segundo ele, a sustentação oral de Gonet foi clara, objetiva e detalhada. “Em relação à acusação do Paulo Gonet, é pegar aquilo ali, mandar para a gráfica e imprimir. Dá um livro. Foi um relato histórico do que aconteceu entre meados de 2021 até o dia de hoje, faltando concluir apenas os próximos capítulos, que serão as condenações. Foi realmente magistral. Ele fala o passo a passo e, ao mesmo tempo, casa com as informações que justificam a existência do fato, através de uma anotação de agenda, de um áudio encontrado em um telefone, da colaboração do Mauro Cid, de um diálogo que o general Heleno teve com o outro camarada, das declarações públicas… Então foi magistral”, afirmou.

      Uchôa também ressaltou a objetividade do procurador-geral. “E foi sucinto. Esperávamos duas horas e ele falou em uma hora. Uma acusação perfeita”, disse.

      Defesa da soberania e punição a golpistas

      Durante a entrevista, o jurista comentou ainda a importância do julgamento para a proteção da democracia brasileira. Ele destacou declarações do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação. “Segundo Alexandre de Moraes, o julgamento visa pôr pá de cal em cima de qualquer próxima tentativa golpista, exatamente porque os golpes acontecem quando não há punição. Ele disse duas coisas fundamentais: primeiro que a punição evita a impunidade futura; e em segundo lugar, fez uma defesa da soberania, mandando um recado também aos Estados Unidos, de que a nossa soberania não será vilipendiada”, afirmou Uchôa.

      Mauro Cid e a colaboração premiada

      O jurista também comentou a avaliação de Gonet sobre a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos réus no processo. “O Gonet também justificou porque a delação do Mauro Cid teve falhas. Ele disse: ‘olha, ele não será só a testemunha. O colaborador premiado tem responsabilidade no processo’. Portanto, está pedindo aí a condenação”, destacou.

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