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Paulinho da Força recorre a caciques para tentar evitar o enterro do PL da Anistia

Deputado busca apoio de Valdemar Costa Neto e José Dirceu para evitar que projeto que reduz penas do 8 de janeiro seja arquivado

José Dirceu e Paulinho da Força (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado I Agência Brasil)

247 - O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) tenta articular lideranças em torno do PL da Anistia (ou dosimetria) projeto que pretende rever as penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

De acordo com reportagem da revista IstoÉ, Paulinho tem se reunido com lideranças da esquerda e da direita, entre elas o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em busca de um texto de consenso. O parlamentar afirma que seu foco está na redução de penas, e não na anistia total. Segundo o texto em discussão, a proposta prevê diminuir a pena de Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por participação na trama golpista, para algo entre 15 e 20 anos, mantendo sua inelegibilidade.

Além de contar com Valdemar Costa Neto para costurar apoio no PL, ele deve procurar José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e figura histórica do PT. A intenção é que Dirceu ajude a reduzir a resistência petista ao projeto e legitime o texto junto aos parlamentares da legenda.

Mesmo assim, o acordo segue distante. O Centrão, embora simpático à ideia de reavaliar as penas, ainda não se comprometeu integralmente com o relatório. O PSD, por exemplo, sinalizou apoio parcial, mas só deve se posicionar oficialmente após a consolidação do texto final.

Enquanto isso, cresce na Câmara a percepção de que a anistia “subiu no telhado”. Petistas e líderes de centro avaliam que o projeto perdeu força em meio à disputa entre bolsonaristas e governistas — e que o destino mais provável do PL da Anistia pode ser o arquivamento.

Para evitar esse “enterro”, Paulinho intensifica a movimentação nos bastidores e tenta agradar gregos e troianos. Segundo um aliado próximo, o relatório deve ter apenas quatro páginas e abrir espaço para a soltura parcial de presos condenados pelo 8 de janeiro, além da redução da pena de Jair Bolsonaro.

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