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Pastor que investiga Cláudio Castro na Câmara defende prisão preventiva do governador

Henrique Vieira (PSOL-RJ) diz que o Estado deve agir com inteligência e dentro da lei após massacre que deixou mais de 120 mortos no Rio

Pastor Henrique Vieira (Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados)

247 - A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de investigação criminal e a decretação de prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O pedido foi feito nesta quarta-feira (29.out.2025), um dia após a operação Contenção, que resultou em mais de 120 mortes nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense.

O documento, encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta fortes indícios de que a ação policial extrapolou os parâmetros legais e constitucionais, configurando possível violação de direitos humanos e abuso de poder por parte do governo estadual.

O deputado federal e pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), integrante da comissão, afirmou que a medida é necessária diante da gravidade da situação. “A Comissão de Direitos Humanos da Câmara, da qual faço parte, pediu a investigação e a possibilidade de prisão preventiva de Cláudio Castro após o massacre no Rio! O Estado deve combater o crime com inteligência, dentro da lei e protegendo a população”, declarou o parlamentar em publicação nas redes sociais.

O ofício encaminhado à PGR solicita que o Ministério Público Federal apure a responsabilidade direta do governador e dos comandantes das forças de segurança na condução da operação. O texto destaca que o número expressivo de mortes, entre elas de pessoas sem antecedentes criminais, reforça a necessidade de uma investigação independente sobre os fatos.

A operação Contenção foi executada por forças conjuntas da Polícia Militar e da Polícia Civil, sob o argumento de combater facções criminosas que atuam nas comunidades. Entretanto, organizações de direitos humanos denunciam o uso desproporcional da força, a falta de planejamento e a ausência de medidas de proteção aos moradores das áreas afetadas.

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