Motta cobra liberação de emendas para melhorar clima da base na Câmara
Presidente da Câmara tem dito que, antes de redistribuir cargos retirados do Centrão e do PL, o Executivo deveria acelerar o pagamento das emendas.
247 - O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), intensificou as críticas ao Palácio do Planalto pela demora na liberação das emendas parlamentares. Para o deputado, o represamento desses recursos tem alimentado a insatisfação entre aliados e contribuído para as recentes derrotas do governo no Congresso.
Segundo o g1, Motta tem dito a interlocutores que, antes de redistribuir cargos retirados do Centrão e do PL, o Executivo deveria acelerar o pagamento das emendas já previstas para este ano.
Pressão em ano pré-eleitoral
Em véspera de ano eleitoral, deputados estão preocupados em garantir a execução das emendas para que os recursos cheguem às suas bases ainda em 2025. O objetivo é fortalecer o trabalho político local e preparar terreno para as campanhas de 2026.
A insatisfação cresce porque parte significativa das verbas continua parada, o que, além do desgaste político, pode levar à judicialização. O Supremo Tribunal Federal (STF) pode intervir e bloquear os recursos caso o cronograma não seja cumprido.
Planalto aposta em rearranjo político
Paralelamente à pressão por emendas, o governo continua promovendo a chamada "faxina" em cargos ocupados por apadrinhados políticos. Em uma segunda etapa, esses postos serão redistribuídos em articulação direta com Motta, privilegiando parlamentares que se têm alinhado às pautas de interesse do Executivo. Um assessor do Planalto, segundo a reportagem, descreveu a complexidade do processo ao afirmar que "demitir é fácil, difícil é depois fazer as negociações para redistribuir esses cargos".


