Marfrig aprova recompra de até 25 milhões de ações próprias
Operação pode alcançar 3,23% dos papéis em circulação e será executada até março de 2027
247 - A Marfrig Global Foods S.A. aprovou, em reunião de seu Conselho de Administração realizada em 24 de setembro de 2025, um amplo plano de recompra de ações. A informação consta na ata da reunião publicada pela companhia. As informações são do Brazil Stock Guide.
De acordo com o documento, a empresa está autorizada a adquirir até 25 milhões de ações ordinárias de sua própria emissão, o que representa 1,74% do total de papéis e 3,23% das ações atualmente em circulação. A operação tem como objetivo principal maximizar a geração de valor aos acionistas, promovendo uma gestão mais eficiente da estrutura de capital e utilizando reservas de lucros e recursos disponíveis para as compras em bolsa.
Estrutura do plano de recompra
O programa terá duração máxima de 18 meses, indo de 24 de setembro de 2025 até 24 de março de 2027. As aquisições serão feitas na B3, cabendo à diretoria da companhia decidir a quantidade e o momento das operações, que podem ocorrer em uma ou diversas etapas.
O documento detalha ainda que três instituições atuarão como intermediárias: J.P. Morgan CCVM S.A., Safra Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e Santander CCVM S.A.
Limites e recursos financeiros
A Marfrig poderá manter em tesouraria até 10% do total de ações em circulação, o equivalente a 77,3 milhões de papéis. O limite de recompra aprovado — 25 milhões — está dentro desse patamar. As aquisições serão lastreadas por reservas de lucro e de capital, conforme as demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2025.
Caso seja constatado excesso de ações adquiridas em relação aos recursos disponíveis, a companhia deverá cancelar ou alienar os papéis dentro de um prazo de seis meses após a divulgação dos balanços.
Destinação das ações recompradas
Os papéis adquiridos poderão ser mantidos em tesouraria, cancelados ou utilizados em programas de remuneração a executivos, como o plano de opções de ações e a outorga direta de papéis.
O Conselho de Administração destacou que a situação financeira da empresa é compatível com a operação, não comprometendo o pagamento de dividendos obrigatórios nem as obrigações com credores. Além disso, a ata ressalta que não há previsão de fatos capazes de alterar de forma significativa os recursos disponíveis para a execução do programa.