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      Mais de 30 milhões já aderiram à Nova Carteira de Identidade Nacional

      Primeira emissão do documento que estabelece padrão único para todo o país é gratuita; biometria será base para concessão e renovação de benefícios

      (Foto: Ag. Brasil)
      Paulo Emilio avatar
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      Mais de 30 milhões de brasileiros já emitiram a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), conforme dados consolidados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com registros atualizados até 23 de julho. A nova versão do documento representa um marco na modernização do sistema de identificação civil no país, reunindo avanços tecnológicos e funcionais sob um modelo unificado com base no número do CPF.

      Segundo o ministério, a principal finalidade da CIN é combater fraudes, melhorar o cruzamento de informações entre bancos de dados e facilitar o acesso do cidadão a serviços públicos com mais eficiência e segurança. O novo formato do documento traz recursos como QR Code e assinatura digital, presentes tanto na versão física quanto na digital, garantindo autenticidade e dificultando falsificações.

      Como emitir o novo documento - A primeira via da CIN é gratuita e está disponível em todos os estados brasileiros. Para obtê-la, é necessário apresentar a certidão de nascimento ou casamento. A emissão pode ser feita nos órgãos de identificação da unidade federativa de residência.

      Além disso, a CIN permite acesso à conta Ouro no portal GOV.BR, que oferece milhares de serviços digitais. Com a adoção do novo modelo, o governo federal pretende, futuramente, automatizar ainda mais esses atendimentos, ampliando a integração entre as bases públicas.

      Biometria e inclusão social - Durante evento realizado em 23 de julho sobre transformação digital, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que regulamenta o uso da biometria na concessão, renovação e manutenção de benefícios da seguridade social. Segundo ele, a CIN será a referência para esse processo de identificação. “Queremos um Estado mais moderno, eficiente e próximo de cada cidadão. Um governo para cada pessoa”, escreveu Lula na rede social X.

      A biometria trará mais segurança tanto para o cidadão quanto para os órgãos públicos, permitindo que a verificação de identidade ocorra de forma mais confiável e ágil. A implementação será gradual, com prazo estendido para quem já é beneficiário se adequar ao novo sistema.

      Validação digital com novo aplicativo - No mesmo evento, foi lançado o aplicativo oficial da CIN, desenvolvido para validar gratuitamente o documento. A ferramenta opera de duas formas: com acesso à internet, o modo detalhado exibe todas as informações da base nacional; já o modo offline permite verificar o CPF e a data de nascimento.

      “A prioridade do governo Lula é garantir que todos os mais de 210 milhões de brasileiros tenham o novo documento”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Para ele, a nova carteira representa um avanço no combate à fragmentação do sistema civil e fortalece o pleno exercício da cidadania.

      Dados por estado e região - O Piauí é o estado com maior proporção de emissões: 37% da população já tem a nova carteira, totalizando 1,25 milhão de registros. Em seguida aparecem o Acre (27,6%), Alagoas (23,9%), Mato Grosso (23,7%) e Rio Grande do Sul (21,9%).

      Em números absolutos, São Paulo lidera com 4 milhões de documentos emitidos — o equivalente a 8,7% de sua população. Minas Gerais aparece em segundo lugar (3,7 milhões), seguido por Rio de Janeiro (2,48 milhões) e Rio Grande do Sul (2,45 milhões).

      Na divisão regional, o Sudeste concentra a maior parte das emissões (10,7 milhões), seguido pelo Nordeste (8,4 milhões), Sul (6,1 milhões), Centro-Oeste (3,2 milhões) e Norte (1,5 milhão).

      Jovens lideram emissões - A maioria das emissões da CIN está concentrada entre os mais jovens. A faixa etária de 15 a 19 anos representa 11% do total de registros, seguida pelo grupo de 10 a 14 anos (8,64%) e o de 25 a 29 anos (7,17%).

      Atenção à inclusão de pessoas com deficiência - A nova CIN também contempla símbolos internacionais que identificam pessoas com deficiência visual, auditiva, intelectual e com Transtorno do Espectro Autista (TEA), entre outras condições. Até 23 de julho de 2025, mais de 493 mil documentos foram emitidos com essas sinalizações.

      Entre as emissões, 53% (283 mil) correspondem a pessoas com TEA; 17% (90 mil), com deficiência intelectual; 15,8% (83 mil), com deficiência física; 7,4% (39 mil), com deficiência visual; e 5,65% (29,7 mil), com deficiência auditiva.

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