Lindbergh: 'Brasil vive hoje o momento histórico mais importante do século XXI'
Líder do PT na Câmara destaca ataques liderados por “quintas colunas e colaboracionistas” e cita Eduardo e Jair Bolsonaro e Paulo Figueiredo
247 - Em publicação feita nas redes sociais neste sábado (2), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, fez um duro alerta sobre o momento político vivido pelo Brasil. Segundo ele, o país atravessa “o momento histórico mais importante deste século XXI”, diante de ataques externos que colocariam em xeque tanto a soberania quanto a capacidade da nação de se manter livre.
“Estamos definindo hoje o futuro das novas gerações, pois o país enfrenta ataques externos que colocam em questão nossa soberania nacional e nossa capacidade de permanecer como uma nação livre”, escreveu Lindbergh. Para ele, esses ataques se dão não apenas de forma explícita, mas também velada, por meio da ação de atores internos que atuam em conluio com forças antidemocráticas.
Quinta coluna e colaboracionismo - O parlamentar utiliza dois conceitos históricos — “quinta coluna” e “colaboracionistas” — para ilustrar os tipos de ameaças que, segundo ele, colocam em risco o Brasil atual. De forma direta, ele aponta: “Figuras como Eduardo e Jair Bolsonaro, juntamente com aliados como Paulo Figueiredo, poderiam ser classificados como quintas colunas por sua atuação mais explícita contra os interesses nacionais”.
Esses personagens, ainda de acordo com Lindbergh, são acompanhados por outro tipo de ator, ainda mais insidioso: “os colaboracionistas operam de forma mais sutil, trabalhando nas sombras para promover a desestabilização do país”. O líder do PT afirma que esses agentes buscam anistiar “traidores da pátria”, minimizam a gravidade de atos de violência política e atuam para normalizar práticas associadas ao fascismo.
Democracia em risco por “semi-leais” - A postagem de Lindbergh também cita os cientistas políticos norte-americanos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, autores da obra Como as Democracias Morrem, para classificar os atores políticos que, embora não se coloquem abertamente contra a democracia, “criam as condições para o colapso do sistema através de suas concessões, ambiguidades, mas principalmente pelas alianças, na maioria das vezes discretas, com os inimigos da pátria”.
Segundo o deputado, esses “semi-leais” são figuras perigosas justamente por não assumirem abertamente posições autoritárias, o que lhes permite maior espaço de atuação nos bastidores da política nacional e nas articulações institucionais.
Origens históricas dos termos - Lindbergh resgata o contexto histórico dos termos para reforçar a gravidade do que está denunciando. O conceito de “quinta coluna” surgiu durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), quando o general franquista Emilio Mola afirmou que, além das quatro colunas que marchavam sobre Madri, havia uma quinta formada por simpatizantes infiltrados. O termo ganhou notoriedade com a peça A Quinta Coluna, escrita por Ernest Hemingway, que participou do conflito ao lado dos republicanos.
Já o termo “colaboracionista” se firmou na Segunda Guerra Mundial, sobretudo em referência aos franceses que colaboraram com o regime nazista no governo de Vichy. “Eles atuam fornecendo informações, promovendo sabotagens, engajando-se em guerra psicológica e fomentando divisão e intriga”, escreveu Lindbergh, citando ainda o destino trágico de Pierre Laval, um dos principais nomes do colaboracionismo francês, executado em 1945.
Da história à atualidade brasileira - O líder petista afirma que a atuação de quintas colunas e colaboracionistas não é novidade no Brasil. Ele menciona figuras históricas como Calabar, que se aliou aos invasores holandeses no período colonial, Silvério dos Reis, que traiu os inconfidentes, e empresários que deram suporte a regimes autoritários, como o Estado Novo e a ditadura militar.
Esses exemplos, segundo o parlamentar, demonstram que “grupos e indivíduos, seja por interesse próprio, seja por subserviência a potências estrangeiras, representam uma ameaça constante à soberania nacional”.
A postagem termina com uma consigna política clara: “Brasil com STF. Brasil com Lula”.
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