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‘Lema das Forças Armadas é respeitar a decisão da Justiça’, diz Múcio sobre julgamento de Bolsonaro

Ministro da Defesa declarou que militares respeitarão veredicto do STF no julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe

Brasília (DF) 17/04/2024 - Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara ouve o ministro da Defesa, José Múcio, comandantes da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, do Exército, general Tomás Paiva, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

247 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta sexta-feira (5) que as Forças Armadas vão respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de militares de alta patente acusados de tentativa de golpe de Estado.

Segundo a reportagem de O Estado de São Paulo, Múcio destacou que o papel das Forças Armadas é seguir a lei e que o processo judicial deve ser cumprido integralmente. “O lema das Forças Armadas é respeitar a decisão da Justiça. Isso é um assunto da Justiça e da política. As Forças Armadas são diferentes, elas servem ao País. Nós estamos conscientes que tínhamos que passar por isso tudo e estamos serenos, esperamos o veredicto da Justiça, que será cumprido”, afirmou o ministro.

Encontro no Alvorada

As declarações ocorreram após reunião do ministro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os comandantes militares no Palácio da Alvorada. Além do processo em andamento no STF, também foi tratado o planejamento do desfile de 7 de Setembro, marcado para o domingo (7), em Brasília. Múcio adiantou que a solenidade manterá o padrão de anos anteriores e prometeu “uma festa bonita na Esplanada”. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, estimou que cerca de 9.500 pessoas estarão mobilizadas no evento.

Crise regional entre EUA e Venezuela

Múcio ainda comentou as tensões entre Estados Unidos e Venezuela, que podem escalar em conflito armado. Ele lembrou que o Exército brasileiro já realizou exercícios militares na região Norte e que a presença nacional busca evitar que o território seja transformado em “trincheira” em eventual disputa entre os dois países.

O ministro reforçou que o Brasil não pretende se alinhar a nenhuma das partes. “É como uma briga de vizinho. Eu não quero que eles mexam no meu muro e não troquem a fiação que acende a frente da minha casa. Torcemos para que passe. Evidentemente, eles devem ter os seus motivos”, declarou.

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