Janones explica por que Trump se encantou com Lula na ONU
Deputado afirma que presidente dos EUA foi conquistado assim como ele pelo carisma de Lula
247 – O deputado federal André Janones (Avante-MG) compartilhou em seu perfil no X (antigo Twitter) um relato pessoal sobre como foi “seduzido” pela presença magnética de Luiz Inácio Lula da Silva — e usou essa narrativa para sugerir que nem Donald Trump resistiu ao mesmo encanto. A postagem original é do próprio perfil de Janones.
Essa narrativa ecoa declarações recentes de Lula em Nova York. Durante coletiva de imprensa na sede da ONU, o presidente afirmou: “Acho que pintou uma química mesmo”. Ele ainda completou: “Foi uma surpresa boa” ao comentar o breve encontro com Trump às margens da sessão plenária da Assembleia Geral.
Janones explica que, ao se aproximar de Lula como pré-candidato à presidência, tentou manter uma postura dura por influência do cenário político, mas acabou rendido rapidamente:
“Quando fui conhecer Lula, tentei ser durão, afinal, apesar dele ter sido desde sempre minha inspiração e referência na política, eu estava como pré candidato a presidência e, portanto, deveria manter a pose. Todos me avisaram: é inútil, ninguém resiste ao poder de sedução dele.”
Mesmo com essa tentativa de distanciamento, Janones admite que não resistiu:
“Eu disse que comigo seria diferente. Duas semanas depois de conhecê-lo eu estava no debate da TV Bandeirantes, saindo no tapa com o Ricardo Salles por ter xingado o presidente durante o debate!”
E ele faz a comparação com o presidente dos Estados Unidos:
“Hoje fiquei um pouco mais aliviado, se nem o Trump resistiu, acho que tô perdoado!”
Para Janones, o que torna Lula tão influente é sua combinação de simplicidade, generosidade e empatia:
“Para entender nosso Lulindo de uma vez por todas: ele é desses caras que divide a merenda com os coleguinhas. Meus caros, é muito difícil não ser seduzido por Lula, mas confesso, essa foi a sedução mais rápida da história.”
A química entre Lula e Trump também de fora
O episódio em que Lula reconhece uma “química” entre ele e Trump não é isolado nas peças de discurso sobre a diplomacia brasileira. As declarações feitas na ONU reforçam a narrativa de que, apesar das diferenças políticas e dos impasses globais, o encontro entre os dois atraiu atenção justamente por essa proximidade inesperada.
Lula chegou a sugerir que essa “química” poderia servir de inspiração para mediações com outros líderes mundiais:
“Quem sabe nossa química (com Trump) não possa ser levada a Putin e Zelensky”, disse, apontando para potenciais papéis de interlocução do Brasil nas tensões globais.
Assim, ao reinterpretar sua própria experiência com Lula, Janones reforça uma narrativa de que até líderes poderosos podem ser impactados pelo carisma e pela presença política que o presidente brasileiro projeta — uma narrativa agora corroborada, segundo ele, pelo fato de Trump também haver sido “seduzido”.