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Governo Lula tem visão crítica sobre gestão da segurança pública do Rio de Janeiro

Avaliação do Planalto aponta falhas estruturais e falta de comando unificado nas forças de segurança fluminenses

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, após ação policial da Operação Contenção. (Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil)

247 - Em meio à tensão política com o governador Cláudio Castro (PL), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a escalada da violência policial no Rio de Janeiro decorre, em grande parte, de problemas estruturais na gestão da segurança pública. Segundo integrantes do Planalto, a ausência de uma cadeia de comando clara entre as forças estaduais cria disputas internas e fragiliza o controle das operações.

Existem três secretarias vinculadas à segurança no estado: uma  dedicada à área geral e outras duas às polícias civil e militar. Na prática, essas estruturas que deveriam atuar de forma coordenada competem entre si, o que, na visão do governo federal, aprofunda as falhas de comando e a desorganização institucional, destaca a coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.

Um auxiliar de Lula foi categórico ao afirmar que o Rio de Janeiro é “o único estado em que o secretário de Segurança Pública não controla a área”. Essa avaliação reflete a percepção de que há sobreposição de funções e ausência de integração entre os diferentes órgãos estaduais.

Outro ponto de crítica do governo federal é o fato de o estado ainda não ter aderido ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que facilita o intercâmbio de informações e dados sobre criminosos entre estados e União. A não participação do Rio nesse sistema é vista em Brasília como um obstáculo ao enfrentamento mais efetivo do crime organizado.

O governador Cláudio Castro causou desconforto no governo Lula ao reclamar publicamente de falta de apoio federal após uma operação policial que terminou com 119 mortos. Integrantes do Planalto consideraram a fala injusta. Depois, Castro recuou e declarou que esperava trabalhar em parceria com o governo federal.

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