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Glauber cobra ação do governo e da Câmara após sequestro de brasileiros por Israel

Flotilha levava alimentos e medicamentos a Gaza quando foi interceptada por militares israelenses. Delegação brasileira tem 15 membros

Dep. Glauber Braga (PSOL - RJ) (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

247 - Durante a sessão que antecedeu a votação da reforma do Imposto de Renda nesta quarta-feira (1), o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) fez um discurso duro no plenário da Câmara dos Deputados, exigindo posicionamento imediato das autoridades brasileiras diante da interceptação da Flotilha Global Sumud por Israel.

O parlamentar destacou que, entre os ativistas detidos em águas internacionais, estão diversos brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), integrante da missão humanitária que levava alimentos e medicamentos à Faixa de Gaza.

 “Neste momento, tem várias pessoas sequestradas pelo estado genocida de Israel, entre elas brasileiros e brasileiras, e uma deputada federal, Luizianne Lins. É fundamental que todas as autoridades da República se manifestem exigindo a libertação imediata dos brasileiros e de todos aqueles que estão na Flotilha”, afirmou.

Glauber lembrou que a interceptação ocorreu fora da jurisdição israelense e classificou a operação como ilegal e arbitrária:

 “Não existia poder de Israel para este sequestro. É fundamental que a Câmara se manifeste, inclusive, em relação à nossa parlamentar, a deputada, para que neste momento ela esteja em segurança”.

O deputado pediu uma manifestação formal da Câmara e do governo federal em defesa da libertação dos brasileiros, ressaltando a gravidade da situação e a necessidade de garantir proteção consular imediata.

 “Viva a luta do povo palestino, não ao genocídio que tem sido promovido por Israel. Toda solidariedade àqueles e àquelas que, nessa ação humanitária, estão denunciando ao mundo o genocídio de Israel”, concluiu.

A delegação brasileira da flotilha conta com 15 participantes, incluindo parlamentares e ativistas sociais. Os brasileiros nos barcos até agora interceptados são:

  • Barco Grande Blu - Luizianne Lins, deputada federal pelo PT
  • Barco Alma - Thiago Ávila (membro do Comitê Diretor da Global Sumud Flotilla)
  • Barco Sirius - Mariana Conti, vereadora de Campinas pelo PSOL; Nicolas Calabrese, professor e coordenador da Rede Emancipa no Rio de Janeiro; Bruno Gilga, trabalhador da USP e ativista da CSP-Conlutas; Lisiane Proença, comunicadora popular; Magno Costa, diretor do SINTUSP
  • Barco Adara - Ariadne Telles, advogada popular e militante da luta pela terra na Amazônia; e Mansur Peixoto, criador do projeto História Islâmica
  • Barco Spectre - Gabi Tolotti, presidente do PSOL-RS e Mohamad El Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino e coordenador da Frente Palestina de São Paulo
  • Barco Yulara - Lucas Gusmão, ativista internacionalista

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