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Flotilha: brasileiro denuncia tortura pelas forças de Israel

Professor relatou violência física e psicológica durante prisão de membros da Flotilha Global Sumud

Nicolas Calabrese (Foto: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

247 - O professor de educação física Nicolas Calabrese desembarcou no Brasil na noite de segunda-feira (6) após ser detido e deportado de Israel. O ativista, que integrava a delegação de 15 brasileiros da Flotilha Global Sumud, relatou ter sofrido maus-tratos junto a outros participantes da missão humanitária que tentava chegar à Faixa de Gaza.

Segundo a CNN Brasil, Calabrese afirmou que os integrantes do grupo foram submetidos a violência física e privação de necessidades básicas. “Chegando no porto de Israel nós fomos violentados fisicamente constantemente, [fomos] empurrados, chutados e arrancaram nossos pertences”, declarou. Ele acrescentou ainda: “Eu não tive a oportunidade de urinar por mais de 20 horas”.

Denúncias de agressões e humilhações

De acordo com o professor, a ativista sueca Greta Thunberg foi alvo das ações mais violentas das autoridades israelenses. “Foi muito mal-tratada, humilhada e provocada [...] Colocaram a bandeira de Israel e obrigaram ela a beijar”, afirmou.

Calabrese, argentino com cidadania italiana e residente no Brasil há mais de dez anos, foi o primeiro da delegação brasileira a ser deportado. Ele acusou o Estado de Israel de confiscar os itens que seriam destinados à população palestina. “Eles levaram toda a ajuda humanitária — água, comida para bebês e comida para pessoas famintas. O Estado de Israel roubou tudo e não deixou que chegasse aos famintos”, disse.

Flotilha internacional e deportações

A Flotilha Global Sumud reuniu cerca de 40 embarcações e mais de 470 ativistas de diversas nacionalidades. A missão partiu de Barcelona, na Espanha, em 31 de agosto, e recebeu reforços de outros navios ao se aproximar de Gaza. As primeiras interceptações ocorreram em 1º de outubro.

Na manhã desta terça-feira (7), os 13 brasileiros que ainda estavam detidos foram deportados para a Jordânia, após serem transferidos por via terrestre da prisão de Ktzi’ot, em Israel, até a fronteira jordaniana. Um outro membro da delegação havia deixado a flotilha antes da chegada ao destino final.

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