HOME > Brasil

Governo Lula afirma que não foi consultado sobre operação no Rio e oferece presídios

Reunião coordenada por Geraldo Alckmin confirmou ausência de pedido de apoio do governo Castro e anunciou reunião emergencial nesta quarta-feira

Rio de Janeiro (RJ) - 24/10/2024 - O governador do Rio, Cláudio Castro, fala à imprensa após a morte de três pessoas baleadas na Avenida Brasil, próximo do Complexo de Israel, onde acontecia uma operação da Polícia Militar, na Zona Norte (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - O governo federal reiterou, em nota divulgada nesta terça-feira (28), que não foi consultado nem recebeu qualquer pedido de apoio do governo do Rio de Janeiro para a operação policial deflagrada na capital fluminense. A declaração foi feita após uma reunião na Casa Civil da Presidência da República, coordenada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, para acompanhar os desdobramentos da ação.

Segundo o comunicado, participaram do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Macaé Evaristo (Igualdade Racial), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) e o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos.

“As forças policiais e militares federais reiteraram que não houve qualquer consulta ou pedido de apoio, por parte do governo estadual do Rio de Janeiro, para realização da operação”, informou a nota da Casa Civil.

O texto também relatou que o ministro Rui Costa entrou em contato com o governador Cláudio Castro, oferecendo vagas em presídios federais para o encaminhamento dos presos detidos durante a ação. Além disso, o ministro propôs uma reunião de emergência na capital fluminense, marcada para esta quarta-feira (29), com a presença dele e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Castro pediu nesta terça-feiraà Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senapen), órgão do Ministério da Justiça, a transferência de 10 detentos presos em penitenciárias do Rio para presídios federais.

Eles teriam liderado de dentro da cadeia às ações que culminaram com o caos na cidade, determinando o bloqueio de pistas, com o sequestro de ônibus em vários pontos da cidade.

Mais cedo, Castro falou com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffman, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a operação realizada hoje nos Complexos do Alemão e da Penha. Ao menos 64 pessoas foram mortas, informou a Agência Brasil.

Artigos Relacionados