Em meio a aposta presidencial, Zema enfrenta queda de popularidade
Aprovação do governador mineiro cai de 64% para 55% em mês marcado por lançamento de pré-candidatura
247 - A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta sexta-feira (22), mostra que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), viu sua aprovação encolher no mesmo mês em que oficializou sua pré-candidatura à Presidência da República. O levantamento aponta que o índice de aprovação caiu de 64% em dezembro para 55% agora, enquanto a desaprovação subiu de 29% para 35%.
A queda ocorre justamente no momento em que Zema amplia sua exposição pública, investindo pesado em redes sociais desde o episódio em que viralizou ao comer uma banana com casca. O governador tem se destacado entre os presidenciáveis de direita como o mais agressivo nas críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda assim, o resultado da pesquisa indica que sua estratégia de comunicação não trouxe retorno proporcional ao investimento.
Desgaste em meio a protagonismo
Além do recuo na aprovação, outro dado preocupa a base de Zema: em fevereiro, metade dos mineiros acreditava que ele deveria eleger um sucessor; hoje, 48% dizem que não, contra 46% que ainda o apoiam nesse sentido. A falta de sintonia entre seu discurso nacional e a percepção local de sua gestão expõe fragilidade em sua tentativa de se projetar para o Planalto.
Enquanto isso, outros governadores mantêm índices positivos. Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), por exemplo, oscilou de 61% para 60%, sem assumir publicamente uma pré-candidatura. Já Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ratinho Júnior (PSD-PR) alcançam níveis de aprovação superiores a 80%, reforçando o contraste com o cenário mineiro.
Cenários eleitorais fragmentados
O levantamento também revela que em estados como Minas Gerais, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a quantidade de eleitores indecisos ou dispostos a votar nulo ou em branco supera os percentuais dos líderes nas pesquisas, sinalizando incerteza sobre o quadro eleitoral.
Em Pernambuco, a vantagem de João Campos (PSB) sobre Raquel Lyra (PSD) surpreende: ele aparece com 55% contra 24%, mesmo com a governadora tendo 51% de aprovação. A Bahia também aponta para uma disputa acirrada entre ACM Neto (União Brasil), com 41%, e o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT), que soma 34%. Em São Paulo, Tarcísio desponta com 43% das intenções de voto, mas a alta margem de brancos e indecisos (23%) ainda impede qualquer definição sobre a possibilidade de vitória em primeiro turno.
