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Eduardo Bolsonaro ameaça Valdemar com debandada do PL

Deputado federal tem intensificado críticas a Valdemar Costa Neto e admite que pode arrastar correligionários caso rompa com a legenda

Eduardo Bolsonaro e Valdemar Costa Neto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Mário Agra/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, tem demonstrado crescente insatisfação com o PL. A possibilidade de deixar a sigla vem sendo cogitada por ele há meses e, segundo relatos, o parlamentar considera levar consigo três ou quatro aliados que também estariam descontentes com a condução interna do partido, informa Lauro Jardim, do jornal O Globo.

A crise se intensificou após declarações de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em entrevista à Folha de S. Paulo. O dirigente afirmou que Eduardo poderia “ajudar a matar o pai de vez” caso insistisse em disputar a Presidência sem o aval de Jair Bolsonaro (PL). A fala provocou reação imediata do filho do ex-presidente. Em resposta à colunista Bela Megale, Eduardo classificou a declaração como “canalhice”:

“Dizer que um filho ajudaria a matar o próprio pai, se ele não aceitar as chantagens que até seus aliados mais próximos estão fazendo com ele, é de uma canalhice que não esperava nem mesmo de você, Valdemar”, afirmou o parlamentar.

O embate público não parou aí. Valdemar retrucou dizendo que “canalhice é xingar o próprio pai e pensar que tem votos”, ressaltando que, ao contrário de Eduardo, ele respeita profundamente Jair Bolsonaro.

Nas redes sociais, o deputado intensificou o tom. Em uma publicação, escreveu: “não abdiquei de tudo para trocar afagos mentirosos com víboras. Não lutei contra tiranos insanos para me sujeitar a esquemas espúrios”. Para aliados, o recado foi claramente direcionado à liderança do PL.

A disputa entre Eduardo Bolsonaro e Valdemar Costa Neto expõe o racha interno no partido e levanta dúvidas sobre a unidade da legenda para as próximas disputas eleitorais. O risco de uma debandada de parlamentares ligados ao filho de Jair Bolsonaro adiciona ainda mais tensão ao cenário político do PL.

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