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      Condenados do 8/1 fogem da Argentina e chegam ao Peru e à Colômbia

      A fuga em massa começou após a Argentina intensificar a prisão de brasileiros com mandados de extradição emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

      (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

      247 - Investigados e condenados pelos ataques aos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro, continuam desafiando as autoridades ao traçarem novas rotas de fuga pela América Latina. Após deixarem a Argentina, onde estavam foragidos, diversos envolvidos seguiram para o Peru e a Colômbia nos últimos dias. A nova estratégia visa alcançar os Estados Unidos. A informação foi apurada pelo UOL, que identificou cinco desses fugitivos a partir de fontes e dados da Interpol do Peru.

      A fuga em massa começou após a Argentina intensificar a prisão de brasileiros com mandados de extradição emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Fontes relataram a reportagem que mais de 30 investigados já deixaram o país em pequenos grupos. Entre os destinos mais utilizados estão o Peru e a Colômbia, etapas intermediárias antes de tentarem ingressar nos Estados Unidos.

      As rotas de fuga

      Segundo a apuração, os fugitivos estão utilizando duas principais rotas:

      • Via Chile: saída da Argentina pela fronteira com o Chile, cruzando o deserto do Atacama e entrando no Peru pelo posto de Santa Rosa. De Lima, seguem para a Colômbia antes de tentarem alcançar os EUA.
      • Via Bolívia: saída pela província argentina de Jujuy, no norte, atravessando a Bolívia por Desaguadero, com chegada ao Peru. A rota prossegue até Lima, depois para a Colômbia e, finalmente, rumo aos EUA.

      O coronel José Luís Quiroz, chefe da Interpol no Peru, confirmou ao UOL que consultou os registros de imigração e identificou quatro foragidos brasileiros entrando no país nos dias 19 e 24 de novembro. "Às vezes, na fronteira, os controles são muito frágeis e [os foragidos] poderiam sair por outras vias e rotas não oficiais", afirmou Quiroz. Ele informou que notificaria a Interpol brasileira, mas destacou que os fugitivos não foram detidos por não constarem na lista de difusão vermelha da organização.

      Do Peru à Colômbia

      Entre os casos apurados está o de Romário Garcia Rodrigues, autointitulado "nordestino bolsonariano". Ele fugiu de Buenos Aires para o Chile em meados de novembro, antes de seguir para a Colômbia. Na última terça-feira (3), Rodrigues chegou a declarar nas redes sociais que pretendia voltar ao Brasil para se entregar, mas apagou as postagens logo depois.

      A rota utilizada por Rodrigues e outros fugitivos foi inspirada em um caso anterior, ocorrido em setembro. Um investigado pelo ataque aos Três Poderes conseguiu, mesmo usando tornozeleira eletrônica no Brasil, fugir para o México junto com o pai. Após pagarem coiotes, ambos entraram ilegalmente nos Estados Unidos.

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