Caiado defende anistia “ampla, geral e irrestrita” aos golpistas de 8 de janeiro
Governador de Goiás disse que anistia será seu primeiro ato caso seja eleito presidente
247 - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), pré-candidato à Presidência da República, afirmou nesta terça-feira (2), em entrevista a jornalistas durante agenda em Belo Horizonte, que seu primeiro ato como presidente será conceder uma “anistia ampla, geral e irrestrita” aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. As informações são da CNN Brasil.
“Eu já deixei com muita clareza e reafirmo aqui minha posição que meu primeiro ato como Presidente da República vai ser promover a anistia ampla, geral e irrestrita a todos do 8 de janeiro. E a partir dali, fazer como Juscelino Kubitscheck fez: anistiando a todos, pacificando o Brasil e sendo um grande estadista, como foi”, declarou Caiado. A fala do governador faz referência ao presidente Juscelino Kubitscheck, que anistiou militares que tentaram um golpe nos anos 50. No entanto, os mesmos militares voltaram a tentar um golpe em 1964, desta vez com sucesso.
A fala do governador ocorreu no mesmo dia em que teve início o julgamento de Jair Bolsonaro (PL). Questionado sobre o tema, Caiado respondeu: “O que cabe a nós cidadãos é aguardarmos essa decisão que virá do julgamento dessas oito pessoas que estão sendo julgadas e que iniciaram hoje”.
Segundo o pré-candidato, o debate sobre anistia será inevitável nas eleições de 2026. “Quanto ao futuro desse assunto, isso, sim, será um momento de debate no cenário político para as eleições de 2026, onde esta matéria estará na pauta de como nós queremos a partir de agora pacificar o Brasil”, afirmou.
Encontro com Romeu Zema
Ainda em Belo Horizonte, Caiado se reuniu com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também pré-candidato ao Planalto. Ambos tomaram café da manhã juntos antes de seguirem agendas separadas.
“Acredito que nós, como governadores bem avaliados que somos, cada um vai mostrar à população brasileira o que pensa em termos de gestão do Brasil e a população vai prestar atenção naquilo que não foi só discurso, mas aquilo que foi a realidade”, disse Caiado.