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      Bruno Moretti será o novo presidente do conselho da Petrobras

      Conselheiro ligado à Casa Civil deve assumir a liderança após saída de Pietro Mendes, aprovado para a diretoria da ANP

      Bruno Moretti (Foto: Agência Senado)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A Petrobras confirmou nesta semana uma mudança importante em sua estrutura de governança. De acordo com informações divulgadas pelo Valor Econômico, o conselheiro Bruno Moretti será escolhido como novo presidente do conselho de administração da estatal, substituindo Pietro Mendes, que renunciou ao cargo após ser aprovado pelo Senado para integrar a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

      Segundo a apuração, a transição se dará em duas etapas. Inicialmente, Renato Galuppo, também integrante do colegiado, assumirá interinamente a presidência do conselho. Em seguida, na reunião marcada para o próximo dia 29 de agosto, Bruno Moretti deve ser eleito para completar o mandato deixado por Mendes.

      Trajetória e articulações políticas

      Moretti, atualmente secretário especial de análise governamental da Casa Civil da Presidência da República, é considerado próximo ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Sua indicação reflete a influência direta da União sobre a gestão da estatal, que hoje controla seis das 11 cadeiras do conselho de administração.

      O estatuto social da Petrobras determina que, em caso de vacância, o colegiado pode eleger um novo presidente até a próxima assembleia geral, seja ordinária ou extraordinária. Caso não haja convocação antecipada, a decisão final caberá à assembleia ordinária prevista para abril de 2026, quando todo o conselho passará por nova eleição para mandato de dois anos.

      Estrutura do colegiado e participação dos acionistas

      Além dos representantes da União, o conselho conta com quatro membros escolhidos por acionistas minoritários e um representante eleito pelos trabalhadores, atualmente Rosângela Buzanelli. O CEO da companhia, embora ocupe assento no grupo, não pode presidi-lo, conforme prevê o estatuto.

      Com a saída de Mendes, o colegiado ficará temporariamente com dez integrantes. A União, na condição de acionista majoritária, deverá indicar um novo nome para ocupar a cadeira vaga. Essa escolha passará pela análise interna de governança da companhia e precisará ser ratificada em assembleia.

      Mendes segue para a ANP

      A renúncia de Pietro Mendes está ligada à sua nomeação para a diretoria da ANP. Na última terça-feira (19), o plenário do Senado confirmou sua aprovação, após sabatina na Comissão de Infraestrutura. Mendes também deixará o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis no Ministério de Minas e Energia para assumir a nova função.

      Na mesma sessão, os senadores aprovaram a indicação de Artur Watt, consultor jurídico da Pré-Sal Petróleo (PPSA), para a diretoria-geral da agência reguladora, reforçando o processo de renovação na cúpula do setor de petróleo e gás.

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