Brasil condena ataque de Israel a jornalistas da Al Jazeera em Gaza
"Flagrante violação ao exercício da liberdade de imprensa", afirma a nota do Itamaraty
247 - O Ministério das Relações Exteriores divulgou, nesta segunda-feira (11), nota em que condena veementemente o ataque de Israel que matou seis jornalistas da emissora Al Jazeera na Faixa de Gaza.
O Palácio do Itamaráty afirmou que o ataque constitui uma "flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses".
"O novo ato de flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito. A cifra é eloquente quanto às sucessivas violações cometidas no período contra profissionais de imprensa", diz o documento.
"O Brasil insta o governo de Israel a assegurar aos jornalistas o direito de desempenhar livremente e em segurança seu trabalho em Gaza, bem como a levantar restrições vigentes à entrada de profissionais da imprensa internacional no território", acrescenta a nota.
No domingo, a Al Jazeera noticiou a morte de quatro de seus funcionários, incluindo o famoso repórter Anas Al-Sharif, após Israel atacar uma tenda de jornalistas próxima a um hospital na Cidade de Gaza. As Forças de Defesa de Israel (IDF) admitiram o ataque contra Al-Sharif, a quem acusaram de trabalhar para o movimento palestino Hamas. Posteriormente, a emissora atualizou para cinco o número de seus funcionários mortos no bombardeio israelense em Gaza.
Tahsin al-Astal, vice-chefe do Sindicato de Jornalistas Palestinos, disse à agência Sputnik que o número de jornalistas mortos no ataque à tenda em Gaza havia subido para seis.
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque sem precedentes com foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza. Em seguida, militantes do Hamas atravessaram as áreas de fronteira, abrindo fogo contra militares e civis, e fizeram mais de 200 reféns. Segundo as autoridades, cerca de 1.200 pessoas foram mortas no lado israelense.
Em resposta, as IDF lançaram a Operação Espadas de Ferro, que incluiu ataques contra alvos civis, e anunciaram um bloqueio total à Faixa de Gaza: foram interrompidos os fornecimentos de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos. Os combates, interrompidos apenas por curtas tréguas, causaram a morte de mais de 61 mil palestinos e cerca de 1,5 mil israelenses, se estenderam para o Líbano e o Iêmen e provocaram uma troca de ataques com mísseis entre Israel e o Irã.
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