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Braga Netto diz que não entregou dinheiro em caixa de vinho

Declaração confronta o depoimento prestado na véspera pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

General Walter Braga Netto (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

247 – O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, negou, nesta terça-feira (10), em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), ter entregado dinheiro vivo para custear ações da suposta tentativa de golpe de Estado.

A declaração confronta o depoimento prestado na véspera pelo tenente-coronel Mauro Cid. Segundo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ele teria recebido uma caixa de vinho com dinheiro das mãos de Braga Netto no fim de 2022, no Palácio da Alvorada. A quantia, de acordo com as investigações, seria destinada ao financiamento de atos golpistas.

No depoimento desta terça, o general disse que Cid apenas o procurou perguntando se o PL poderia “arrumar um dinheiro”.

“O Cid mesmo conta que veio atrás de mim e perguntou se o PL poderia arrumar um dinheiro. Era comum outros políticos pedirem para pagar contas de campanha atrasadas. O Cid perguntou, na minha cabeça tinha a ver com campanha. Ele procurou o Azevedo, que veio mais tarde e disse pra mim que o dinheiro que o Cid precisava não tinha amparo. Morreu o assunto”, afirmou Netto em depoimento.

Quando questionado diretamente sobre a caixa de vinho mencionada por Cid, Braga Netto negou: “Eu não tinha dinheiro, não tinha contato com empresários, eles estavam mais interessados no Bolsonaro”.

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