BNDES libera R$ 660 milhões em crédito no primeiro dia de socorro a empresas afetadas por tarifaço
Banco já recebeu pedidos que somam R$ 1,6 bilhão e terá até R$ 40 bilhões disponíveis para apoio às empresas atingidas
247 - No primeiro dia de operação do programa Brasil Soberano, voltado a empresas prejudicadas pelo tarifaço imposto pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o BNDES anunciou a liberação de R$ 660 milhões em crédito. A informação foi divulgada pela coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo.
O banco recebeu 38 solicitações de crédito, que juntas somaram R$ 1,6 bilhão. Do montante, parte já foi aprovada e o restante, cerca de R$ 950 milhões, segue em análise. O levantamento aponta ainda que, até as 18h da última quinta-feira (18), 1.649 empresas acessaram o sistema da instituição, das quais 422 foram consideradas elegíveis por apresentarem queda superior a 5% no faturamento bruto.
Agilidade no processo e compromisso com empresas
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a rapidez nas aprovações reflete o empenho do banco e de seus parceiros.
“O volume de recursos aprovados já no primeiro dia é resultado da agilidade e do compromisso do BNDES e das mais de 50 instituições financeiras parceiras”, afirmou.
Mercadante reforçou que o objetivo central da iniciativa é garantir estabilidade no mercado de trabalho e incentivar a competitividade das companhias brasileiras.
“Nosso objetivo é proteger os empregos e fortalecer as empresas e a economia, inclusive estimulando a participação em novos mercados”, acrescentou.
Montante previsto e origem dos recursos
Ao todo, o BNDES terá R$ 40 bilhões disponíveis para apoio às empresas impactadas. Desse valor, R$ 30 bilhões serão provenientes do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), enquanto R$ 10 bilhões virão de recursos próprios do banco.
O programa Brasil Soberano surge como resposta direta às medidas tarifárias de Donald Trump, que aumentaram os custos de exportações brasileiras e pressionaram o caixa de milhares de companhias. A expectativa do governo e do BNDES é que a linha de crédito ajude a preservar empregos e reduzir perdas, ao mesmo tempo em que impulsiona novas oportunidades no comércio internacional.