Banco Central é acionado para investigar operadores que lucraram com dólar antes do tarifaço dos EUA
Petição cobra identificação de beneficiados por possível vazamento de informação sigilosa antes do anúncio oficial de Trump
247 - Um pedido de providências foi formalmente encaminhado ao Banco Central neste domingo (20), exigindo a apuração de quem se beneficiou com operações cambiais realizadas pouco antes do anúncio do governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Segundo os documentos, houve movimentação atípica de compra e venda de dólares nas horas que antecederam a divulgação da medida, com indícios de que operadores teriam tido acesso prévio a informações ainda sigilosas. A petição solicita que o Banco Central, no uso de sua atribuição fiscalizatória, identifique os comitentes finais das transações, os volumes envolvidos, os horários e os intermediadores financeiros. O material também pede o encaminhamento desses dados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A suspeita principal é de uso indevido de informação relevante ainda não divulgada ao mercado, o que, caso comprovado, pode configurar graves ilícitos de natureza cambial, econômica e financeira. Os autores do pedido ressaltam que eventuais práticas desse tipo ameaçam a estabilidade do sistema financeiro e o princípio de isonomia entre os agentes econômicos.
O requerimento se apoia ainda em manifestação da Advocacia-Geral da União no Inquérito nº 4995/DF (Pet 14.129), que investiga uma possível articulação de agentes políticos brasileiros para empregar instrumentos de pressão internacional contra o Poder Judiciário. A AGU apontou indícios de tentativa deliberada de coação institucional com impactos no câmbio — o que reforça a necessidade de apuração rigorosa.
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