Ataques cibernéticos contra o Brasil disparam após tarifaço de Trump, aponta estudo
levantamento da TI Safe revela aumento de 30% nas ofensivas virtuais vindas dos EUA
247 - O Brasil enfrenta um crescimento expressivo nos ataques cibernéticos originados dos Estados Unidos, com alta de 30% registrada nas semanas que sucederam o anúncio do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump. Os dados são de um levantamento obtido pela CNN junto à empresa de segurança digital TI Safe.
A análise cobre o período entre 8 de julho — véspera da declaração de Trump sobre a sobretaxa de 50% — e o fim do mês passado.
Segundo a TI Safe, os principais alvos foram setores estratégicos, como energia, petróleo, siderurgia, saneamento básico e órgãos do governo. Entre eles, destaca-se o Supremo Tribunal Federal (STF), que registrou mais de 750 milhões de tentativas de invasão nos últimos meses.
Para Marcelo Branquinho, CEO da TI Safe, os ataques têm fortes indícios de “hacktivismo”, ou seja, ações de ciberativistas movidos por causas políticas e ideológicas.
“O aumento repentino nos ataques com origem nos EUA, somado ao contexto político das últimas semanas, sugere uma motivação clara: não se trata apenas de cibercrime oportunista, mas de uma ofensiva ideológica impulsionada pelo discurso polarizador de figuras públicas influentes", afirmou, em referência às declarações de Trump contra o governo brasileiro e a Suprema Corte.
O anúncio do tarifaço por Trump, que classificou o Brasil como “não bom para nós”, foi acompanhado de críticas ao STF e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre suposta trama golpista. Embora não haja provas de envolvimento direto do governo americano nos ataques virtuais, Branquinho ressalta que “o clima de animosidade encoraja ações coordenadas por agentes não estatais”.
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