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Aprovação de Lula dispara e isola Eduardo Bolsonaro

Bolsonaristas veem aprovação crescente de Lula como impacto direto da sabotagem de Eduardo ao Brasil

Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

247 - A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) trouxe preocupação para os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O levantamento indica que a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou 48%, enquanto a desaprovação ficou em 49%, em situação de empate técnico dentro da margem de erro. O dado representa uma recuperação do governo, que volta ao patamar de popularidade registrado em janeiro deste ano.

Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, parlamentares ligados a Jair Bolsonaro atribuem a redução de 16 pontos na diferença entre aprovação e reprovação de Lula, registrada nos últimos cinco meses, a dois fatores principais: a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro contra o Brasil e o racha entre lideranças da centro-direita.

Eduardo Bolsonaro sob críticas

Dentro de partidos aliados a Bolsonaro, como PL e PP, há forte descontentamento com a postura de Eduardo Bolsonaro. Parlamentares avaliam que sua atuação nos Estados Unidos — onde busca apoio para sanções contra o Brasil em defesa da anistia do pai — prejudica a imagem da oposição.

“Eduardo é visto como alguém que trabalha contra o próprio país”, relatam congressistas, em referência à percepção de que esse movimento fortalece Lula no cenário político. Lideranças acusam o deputado de priorizar um projeto pessoal, descrito como algo que “destrói a centro-direita” e aumenta a fragmentação do grupo.

O próprio Eduardo já declarou publicamente que não apoiará candidatos de direita que considera vinculados ao “sistema”. Além disso, disse enxergar o pai como refém do PL e de lideranças de centro. Ele também reafirmou a disposição de disputar a Presidência em 2026, mesmo em um cenário em que concorram nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Divisão na centro-direita

Outro ponto levantado por deputados e senadores próximos a Bolsonaro é o desgaste provocado pelas divergências públicas entre líderes da centro-direita. O grupo, que deveria se consolidar como alternativa de poder, enfrenta embates que fragilizam sua unidade eleitoral.

As disputas recentes entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o presidente do PP, Ciro Nogueira, são vistas como exemplo desse enfraquecimento. Além disso, aliados citam as críticas feitas por Eduardo Bolsonaro ao governador Tarcísio de Freitas e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o que amplia a percepção de desorganização e racha no campo político conservador.

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