Após citação de Nikolas Ferreira em decisão de Moraes, Rogério Correia pede punição ao bolsonarista

247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) usou as redes sociais na noite desta segunda-feira (4) para cobrar uma punição ao também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), após o nome do bolsonarista aparecer na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

 “Sabe quem ganhou citação nominal na decisão do ministro Alexandre? NIKOLAS FERREIRA. Fica CLARO seu envolvimento na estratégia de golpe continuado. Eles querem provocar o CAOS e criar ambiente para um rompimento democrático. Acabo de solicitar ao STF uma punição a ele também”, escreveu Correia em sua conta no X (antigo Twitter).

A menção a Nikolas na decisão de Moraes diz respeito a uma chamada de vídeo feita por Jair Bolsonaro durante o ato bolsonarista deste domingo (3), na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo o ministro, o telefonema com o deputado federal — um dos principais aliados do ex-presidente — teve “claro objetivo de endossar o tema da manifestação de ataques ao Supremo Tribunal Federal”, violando as medidas cautelares que proibiam Bolsonaro de se comunicar com outros investigados e de participar, direta ou indiretamente, de manifestações públicas.

 “O réu Jair Messias Bolsonaro realizou ligação telefônica, por chamada de vídeo, com seu apoiador político e deputado federal Nikolas Ferreira, demonstrando o desrespeito à decisão proferida por esta Suprema Corte”, diz um trecho da decisão.

Rogério Correia, que integra a base do governo na Câmara, afirmou que o envolvimento direto de Nikolas em ações que atentam contra o STF não pode passar impune. Para o parlamentar, há uma “estratégia de golpe continuado” em curso, articulada por figuras como Bolsonaro e Nikolas, que visa gerar instabilidade institucional e minar a democracia brasileira.

A decisão de Moraes também destacou a “divulgação maciça” de conteúdos nas redes sociais bolsonaristas com mensagens de apoio à manifestação deste domingo e ataques à Corte, o que, segundo o ministro, configura tentativa de obstrução da Justiça.