Amoêdo cobra cassação urgente de Eduardo Bolsonaro
Eduardo afirmou que trabalha para que a comitiva de senadores que tenta negociar a tarifa sobre as exportações brasileiras não encontre diálogo
247 - O empresário e ex-candidato à Presidência da República João Amoêdo criticou duramente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta terça-feira (29), após declarações do parlamentar contrárias à missão de senadores brasileiros nos Estados Unidos. A comitiva está em Washington tentando negociar a suspensão do chamado “tarifaço” — uma sobretaxa de até 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto.
“O que falta para a Câmara dos Deputados cassar o mandato desse parlamentar, que, pago com o nosso dinheiro, trabalha contra o nosso país?”, escreveu Amoêdo. A cobrança veio após o deputado afirmar, em entrevista ao SBT News, que está empenhado em minar os esforços diplomáticos da comitiva parlamentar brasileira.
“Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo”, declarou Eduardo, referindo-se ao grupo de senadores liderado por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. A missão inclui congressistas da base do governo e da oposição e busca interlocução com parlamentares norte-americanos tanto do Partido Republicano quanto do Democrata.
Enquanto a sabotagem do deputado gera reações no Brasil, a comitiva brasileira segue com encontros agendados com parlamentares dos EUA. De acordo com o senador Nelsinho Trad, ao menos seis congressistas norte-americanos já confirmaram participação nas reuniões. Ainda não há previsão de conversa direta com a Casa Branca, mas Trad acredita que os diálogos podem abrir portas.
Na segunda-feira (28), os senadores reuniram-se com empresários e representantes da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Participaram do encontro executivos dos setores de energia, tecnologia, farmacêutico, transporte, siderurgia e químico. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também está em Washington, mas até o momento não foi convidado formalmente pelo governo Trump para abrir uma frente de negociação.
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