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Acusações contra Moraes exigem investigações, “mas tem que ter provas”, diz Otto Alencar

Presidente da CCJ do Senado faz alerta sobre as acusações envolvendo o Banco Master

Otto Alencar (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), defendeu que as denúncias envolvendo uma suposta pressão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes sobre o Banco Central, em benefício do Banco Master, sejam devidamente investigadas, desde que sustentadas por provas concretas. Para o senador, o debate público sobre o tema tem ocorrido de forma precipitada, como se houvesse uma conclusão formada antes da apuração completa dos fatos.

Em declarações à CNN Brasil, Otto afirmou que o caso vem sendo tratado como um julgamento antecipado, sem a apresentação de evidências. “Precisa investigar, mas precisa ter prova. Esse caso, de alguma forma, foi alvo de um julgamento liminar, sem as devidas provas, sobre uma suposta influência dele junto ao Banco Central”, disse o parlamentar, ao comentar o andamento das discussões no Senado.

Segundo o presidente da CCJ, manifestações públicas e notas divulgadas sobre o episódio acabam reforçando a percepção de condenação prévia. “Ele soltou duas notas, e isso fica como, às vezes acontece, aquele julgamento sem provas, em que se condena antes de apurar”, declarou Otto, ao avaliar os impactos políticos e institucionais do debate.

Otto Alencar também saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, destacando sua atuação em momentos de enfrentamento a ataques contra o regime democrático. Para o senador, esse histórico pesa na avaliação sobre o caso. “De qualquer sorte, Moraes, pela coragem dele, por sustentar, na unha, a democracia, quando muitos tiveram medo de enfrentar o poder político-econômico… até o presidente dos Estados Unidos. Até que se prove o contrário, confio no trabalho dele”, afirmou 

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