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“Trump representa uma importante mudança geopolítica e na questão ambiental", diz Patrícia Iglecias

Professora Patrícia Iglecias destaca papel do Brasil na COP e a necessidade de liderança nas negociações climáticas

Patricia Iglecias (Foto: Reprodução Youtube)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – Em um fórum empresarial promovido pelo grupo Lide, realizado em Zurique nesta quinta-feira, 23 de janeiro, a professora Patrícia Iglecias abordou os impactos do posicionamento de Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos, no cenário geopolítico global. Durante o evento, ela destacou como as decisões tomadas por líderes mundiais afetam os rumos de negociações internacionais, como as da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30). “Nós temos, de fato, uma mudança geopolítica com esse novo posicionamento. Aliás, não é novo para o presidente Donald Trump, mas é novo para o momento histórico”, afirmou.

A professora ressaltou a autonomia dos estados nos Estados Unidos, que desempenham um papel significativo na agenda ambiental, mesmo diante de decisões federais mais conservadoras. “Nos Estados Unidos, existem regiões como a Califórnia que têm investido muito em energias renováveis e outras alternativas”, pontuou.

Brasil como protagonista em segurança alimentar e energética

Patrícia Iglecias também destacou a importância do Brasil no cenário internacional, especialmente no contexto da segurança alimentar e da matriz energética. Segundo ela, o país está bem posicionado para assumir um papel de protagonismo na agenda climática global. “O Brasil tem um papel fundamental em termos de segurança alimentar e de matriz energética, que é muito diferente de outros países”, comentou.

A escolha do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a próxima COP-30 foi celebrada como um avanço importante, mas a professora alertou que ainda falta definir quem será o negociador principal. “Quem vai fazer a negociação tem que ter um poder de convocação da sociedade, do setor privado e do país como um todo para trazer o Brasil para essa agenda internacional”, destacou.

A urgência de metas mais ambiciosas

Com o aumento de eventos climáticos extremos ao redor do mundo, a urgência de metas mais ambiciosas foi um dos pontos centrais da fala de Patrícia. Ela mencionou casos recentes, como os incêndios na Califórnia, para ilustrar os desafios enfrentados por países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Os eventos extremos têm aumentado muito em termos de incidência, não só em países vulneráveis, mas também em outros países, como o próprio caso dos Estados Unidos”, afirmou.

Com o Brasil prestes a sediar a próxima COP, as expectativas giram em torno de uma participação mais ativa e de resultados concretos que reflitam a liderança do país na agenda climática global. Para Patrícia Iglecias, é essencial que o Brasil aproveite essa oportunidade para fortalecer sua posição como um dos principais agentes de transformação ambiental e energética no mundo. Assista:

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