Eduardo Bananinha é o corsário digital de Donald Trump
A serviço de Trump, Eduardo Bolsonaro ataca o Brasil e se coloca como traidor da pátria diante da História e da Justiça
"Hoje tenho a sensação de missão cumprida" (...). Talvez tenha sido esse o pensamento que passou pela cabeça do corsário René Duguay-Trouin, que, no início do século XVIII, a soldo do rei da França, Luís XIV, rumou para o Brasil com mais 17 navios em busca de ouro e do que mais pudesse pilhar. Isso ocorreu em setembro de 1711, quando o nosso país ainda se esforçava para nascer, em meio a ataques e saques.
Chegando ao Rio, próximo ao Cais do Valongo, apontou 40 canhões para a cidade e apresentou sua lista de exigências: 610 mil cruzados em ouro, cem caixas de açúcar e duzentos bois. Até obter tal resgate, no entanto, humilhou o governador Francisco de Castro Morais, que, sem o mesmo poder de fogo, retirou-se para Iguaçu — hoje Nova Iguaçu — com sua tropa, onde permaneceu até novembro, quando enfim conseguiu reunir o resgate exigido por René Trouin, que finalmente libertou a cidade, até então de joelhos para o achacador.
Agora, quando o Brasil se reergue dos escombros deixados pela família Dó-ré-mi, eis que Eduardo Bolsonaro, tal como o corsário Trouin, a soldo de Donald Trump, quis submeter seu próprio país à humilhação e ao achincalhe internacional de um sequestro. A frase de Eduardo, acima, que tenta transmitir “vitória”, não passa de retórica vazia. O tarifaço que Trump inicialmente anunciou ao Brasil foi diluído em uma lista de quase 700 itens com tarifa mínima, num inegável atestado de recuo.
As trombetas que Eduardo Bolsonaro tentou soar desafinaram, restando um sopro com som de vingança pessoal (contra o ministro Alexandre de Moraes), que certamente lhe custará caro. Como o “reinado” de Donald Trump não é eterno, em algum momento (mais cedo do que tarde), ele terá de ajustar as contas com a Justiça do seu país. Sim, apesar de fingir que não sabe e apontar seus “canhões” para o Brasil, tal como o corsário, o Bananinha é brasileiro — e, como tal, traiu sua pátria. Será assim, com o rótulo de traidor, que terá de se haver com seu futuro.
Não é mais considerado deputado, pois o que o cargo exige é a defesa dos interesses de seu estado. E, como todos sabemos, São Paulo, que o elegeu com uma enxurrada de votos, foi o mais prejudicado pelas medidas tomadas pelo presidente norte-americano. Em breve, será o filho de um presidiário, cúmplice na traição e condenado por golpear a democracia do Brasil. Não poderá voltar a ocupar o cargo de escrivão na Polícia Federal, pois a função exige obediência à Constituição — que, junto com seu pai, Jair, ele rasgou em praças internacionais, aos olhos de quem quisesse ver, com rompantes e exibicionismo.
Os arranhões com que tentou atingir o ministro Alexandre de Moraes só o tornaram mais lustroso aos olhos do país, cada vez mais convencido de sua importância na proteção da democracia brasileira. Quanto a Eduardo Bolsonaro, tem seu lugar certo e seguro reservado — de ponta-cabeça — na lata de lixo da história. O corsário digital, que tentou colocar o país de joelhos, teve de volta um Lula cada vez mais destacado aos olhos do mundo, respeitado por seus ideais e por sua luta contra a desigualdade. Enquanto todos admiram o que o The New York Times definiu como “o maior líder da América Latina”, Donald Trump vai consolidando seu epíteto de “TACO”. Assim, em caixa alta, que é para reverberar melhor.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: