A escalada trumpista e o Brasil não vai recuar
Ofensiva de Trump contra a soberania do Brasil se intensifica, mas governo Lula responde com estratégia e firmeza
A ofensiva de Trump contra a soberania brasileira entra em sua fase mais brutal, e o governo Lula responde com estratégia e firmeza para preparar o país para um confronto histórico até 2026.
Trump apertou o cerco, mas o Brasil não se ajoelha. A guerra pela nossa soberania entrou em sua fase decisiva, e o povo precisa estar pronto: não haverá recuo, nem submissão. É lutar ou ser subjugado.
A nova escalada: a Casa Branca cerra os punhos contra o Brasil – A ofensiva dos Estados Unidos contra o Brasil entrou em uma fase explícita e irreversível. A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada pelo Supremo Tribunal Federal sob acusações de tentativa de golpe e conspiração para assassinato de autoridades, serviu como gatilho para que o governo Trump abrisse fogo contra as instituições brasileiras. Em questão de horas, a Casa Branca anunciou um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, um gesto de retaliação que não se justifica economicamente, mas que serve como mensagem política clara: qualquer tentativa de consolidar a soberania do Brasil será tratada como uma afronta ao projeto imperialista norte-americano.
Não bastaram as tarifas. Em um movimento agressivo e inédito, Trump sancionou o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, um instrumento normalmente utilizado contra ditaduras e violadores sistemáticos dos direitos humanos. A intenção é cristalina: transformar uma decisão judicial soberana, amparada pela Constituição brasileira, em pretexto para deslegitimar a ordem democrática do país no cenário internacional. Paralelamente, o governo dos EUA intensificou a pressão sobre as Big Techs para amplificar a narrativa de que Bolsonaro é vítima de perseguição política, transformando-o em mártir da extrema direita global e tentando criar um clima de instabilidade dentro do Brasil.
O Brasil, por sua vez, respondeu com a firmeza que o momento exige. O presidente Lula foi enfático ao afirmar que o Brasil não aceitará sermões de ninguém, muito menos de um governo estrangeiro que se comporta como tutor colonial. O Itamaraty acionou imediatamente os mecanismos de defesa na Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as tarifas e iniciou articulações diplomáticas com os países do BRICS e outras nações do Sul Global, reforçando que a soberania brasileira não está à venda. O Supremo Tribunal Federal, mesmo sob ataques, manteve a serenidade institucional e reforçou a legalidade de suas decisões.
Nas ruas e nas redes, a escalada encontrou resistência popular. O movimento conhecido como “Vampetaço” viralizou como resposta cultural ao tarifaço de Trump, transformando o símbolo da zombaria em ato de afirmação nacional. Enquanto bolsonaristas tentam internacionalizar a narrativa do martírio, a base progressista e democrática começa a compreender a gravidade do momento: não se trata de Bolsonaro, mas de um ataque frontal à capacidade do Brasil de decidir seu próprio destino.
O objetivo imperialista é claro: impedir Lula de governar e se reeleger – A retórica de defesa da democracia utilizada por Trump é uma cortina de fumaça grotesca. O verdadeiro objetivo dos Estados Unidos é impedir que Lula governe com autonomia e, mais ainda, barrar sua reeleição em 2026. A permanência de um governo progressista, desenvolvimentista e com política externa ativa é incompatível com o projeto imperialista de controle absoluto sobre os recursos, a economia e as decisões estratégicas do Brasil. O que está em jogo não é o destino político de Jair Bolsonaro, mas a tentativa desesperada do establishment norte-americano de retomar o comando sobre um país que, nos últimos anos, ousou agir como protagonista no cenário internacional.
O governo Trump enxerga Lula como uma ameaça direta ao eixo de dominação que sustenta a política externa dos Estados Unidos. A liderança brasileira no BRICS+, a defesa de uma ordem multipolar, a reindustrialização do país com foco em tecnologia nacional e os esforços para proteger o patrimônio estratégico — como o petróleo e os setores de infraestrutura digital — são movimentos inaceitáveis para uma potência que não admite concorrência soberana no Sul Global. Para Washington, o Brasil deve ser uma peça submissa na engrenagem da economia global, jamais um agente com voz própria.
O caso Bolsonaro é apenas um instrumento dentro dessa estratégia. Ao transformar o ex-presidente em mártir da extrema direita internacional, Trump tenta criar um cenário de polarização radical que imobilize o governo Lula, provoque instabilidade social e pressione as instituições democráticas a se dobrarem diante das exigências externas. Não se trata de uma preocupação com direitos humanos ou liberdade de expressão — trata-se de manter o Brasil dentro da órbita de influência geopolítica norte-americana, mesmo que, para isso, seja necessário destruir o tecido institucional do país.
Essa é a lógica da guerra híbrida: o ataque não se dá mais por meio de frotas navais ou ocupações militares, mas pela corrosão das instituições internas, pela manipulação informacional e pelo estrangulamento econômico. O Brasil é hoje um campo de batalha central dessa nova forma de dominação, e a tentativa de desestabilizar o governo Lula até 2026 é apenas mais um capítulo dessa ofensiva de longo prazo.
A soberania brasileira não está à venda: o governo não recuará – A resposta do governo brasileiro à ofensiva de Trump foi imediata, firme e estratégica. Não haverá concessões. O Brasil não aceitará que um governo estrangeiro dite os rumos de suas instituições, interfira em seus processos judiciais ou tente tutelar a condução de sua política interna. Lula, com o respaldo do Supremo Tribunal Federal, da maioria do Congresso e do campo progressista, deixou claro que a soberania nacional é inegociável e será defendida a qualquer custo.
O governo brasileiro compreende que a guerra híbrida em curso exige respostas em múltiplas frentes. No campo diplomático, o Itamaraty já articula uma reação coordenada com os países do BRICS+, consolidando uma frente internacional de apoio à legalidade das instituições brasileiras e denunciando a agressão econômica praticada pelos Estados Unidos. O Brasil, em vez de se isolar, amplia suas alianças estratégicas, reforçando a política externa altiva e ativa que tanto incomoda o imperialismo.
No plano econômico, o governo prepara uma série de medidas emergenciais para proteger setores estratégicos atingidos pelas tarifas de Trump, ao mesmo tempo em que acelera acordos comerciais com parceiros asiáticos, africanos e latino-americanos. O objetivo é claro: reduzir a dependência do mercado norte-americano e fortalecer cadeias produtivas internas, transformando a agressão em oportunidade de reindustrialização e fortalecimento econômico soberano.
No campo informacional, a resposta será implacável. O governo e os movimentos progressistas sabem que a guerra de narrativas será tão ou mais intensa do que as batalhas econômicas e diplomáticas. A militância já se organiza para combater a enxurrada de desinformação que tenta transformar criminosos em mártires e vilões em heróis. As plataformas digitais que ousarem operar como agentes de sabotagem enfrentarão medidas legais duras e uma ofensiva de mobilização social que não dará margem para manipulações.
O governo Lula compreende que esta não é uma crise pontual, mas uma etapa decisiva na disputa pela soberania brasileira. E a resposta está à altura do desafio. O Brasil não recuará. Não há espaço para hesitação ou gestos conciliatórios com quem trata a democracia brasileira como mercadoria. A defesa da soberania é um compromisso inegociável, e o governo está preparado para atravessar o conflito, custe o que custar.
Cenários de confronto: o que vem pela frente até 2026 – A ofensiva de Trump contra o Brasil não é um episódio isolado, mas o início de uma escalada que se intensificará até as eleições de 2026. O imperialismo norte-americano compreende que o tempo joga contra sua hegemonia e, por isso, acelerará todas as frentes de ataque para desestabilizar o governo Lula e impedir a consolidação de um projeto soberano no Sul Global. O Brasil precisa estar preparado para enfrentar cenários de confronto cada vez mais brutais, nos quais a guerra não se dará apenas no campo diplomático ou econômico, mas também na disputa pela percepção pública, pela narrativa e pelo controle das redes.
O primeiro cenário é a intensificação das sanções e ataques informacionais. Trump continuará ampliando as tarifas sobre produtos brasileiros, tentando estrangular setores estratégicos da economia nacional. Ao mesmo tempo, as Big Techs serão pressionadas a desmonetizar veículos de mídia progressista, censurar conteúdos favoráveis ao governo e amplificar campanhas de desinformação que visam criar um ambiente de caos, descrédito e desestabilização institucional. A sabotagem cibernética, por meio de ataques a infraestruturas digitais críticas, também deve ser considerada como uma possibilidade concreta.
O segundo cenário é a tentativa de transformar o ambiente interno em um caldeirão de instabilidade. A base bolsonarista, estimulada pelos discursos de Trump, será mobilizada para atos de sabotagem econômica, manifestações violentas e tentativas de paralisar a governabilidade. O lawfare será intensificado com o objetivo de asfixiar lideranças progressistas e criar uma sensação de ingovernabilidade. Trata-se de um roteiro conhecido, já aplicado em outros países do Sul Global, nos quais a corrosão institucional precede intervenções mais diretas de dominação.
O terceiro cenário é o fortalecimento de uma aliança progressista de resistência soberana. O Brasil, ciente da ofensiva imperialista, ampliará suas parcerias com países do BRICS+, fortalecerá suas relações comerciais com o eixo asiático e africano e consolidará um bloco político-informacional capaz de enfrentar as pressões externas. A guerra de narrativas será travada em escala global, e o Brasil terá a oportunidade de liderar um movimento internacional em defesa de uma ordem multipolar, soberana e democrática.
Esses cenários não são excludentes. Na prática, o Brasil enfrentará a sobreposição de todos eles, exigindo uma postura de vigilância permanente, capacidade de reação rápida e, acima de tudo, uma base social consciente e organizada. A guerra híbrida não será vencida apenas nos gabinetes ou nos tribunais, mas na capacidade do povo brasileiro de resistir à ofensiva informacional e de defender, com todas as suas forças, o projeto de um país livre e soberano.
Preparar a base e o povo – O tempo da ingenuidade acabou. A base progressista e os setores democráticos precisam compreender que estamos diante de um conflito de longa duração, no qual a soberania do Brasil será atacada em todas as frentes. A tentativa de golpe jurídico-midiático contra o governo Lula não será um evento isolado; será uma sequência de operações coordenadas, que buscarão minar a capacidade de ação do governo e paralisar o país até as eleições de 2026. A vitória neste confronto dependerá da preparação da base social, da mobilização militante e da construção de uma consciência coletiva capaz de enfrentar os desafios com lucidez, firmeza e disposição para o enfrentamento.
É preciso falar a verdade para o povo: os próximos meses serão duros. Haverá tentativas de quebrar a economia, de incendiar as redes com desinformação, de transformar qualquer ato de governo em crise artificial. Por isso, a luta pela soberania não será travada apenas em Brasília ou nos fóruns internacionais. Ela será decidida no cotidiano, nos territórios, nas redes, nas escolas, nas comunidades, onde a disputa de narrativa e a defesa das instituições democráticas ganharão forma concreta.
Preparar a base significa organizar frentes populares de defesa da soberania em todos os espaços. Significa transformar sindicatos, movimentos sociais, coletivos culturais e organizações de base em núcleos ativos de resistência informacional e mobilização política. É hora de massificar a formação política, construir trincheiras digitais, ocupar as redes com informação qualificada e organizar o povo para resistir a qualquer tentativa de sabotagem.
A militância precisa ser treinada para a guerra informacional. Precisamos fortalecer redes de monitoramento, combater as fake news com agilidade e inteligência e construir uma narrativa propositiva que mostre ao povo brasileiro que a luta pela soberania é a luta por empregos, por dignidade, por um futuro onde o Brasil não seja submisso aos interesses externos.
A hora de agir é agora. O povo brasileiro precisa estar preparado para dias difíceis, mas também para a vitória. A soberania não será conquistada por decreto; será fruto da organização popular, da resistência ativa e da convicção de que este país não se ajoelha.
Caminhos estratégicos: o que deve ser feito imediatamente – Diante da ofensiva aberta dos Estados Unidos e da escalada de desestabilização, o Brasil não tem o direito de titubear. O tempo da reação diplomática protocolar passou. Agora, é hora de agir com estratégia, contundência e senso de urgência. A soberania se defende com ação direta, articulada em múltiplos níveis. E as medidas a serem tomadas não podem esperar.
No campo informacional, é imperativo que o governo e os movimentos progressistas construam uma força-tarefa permanente de guerra informacional, com equipes de monitoramento, reação rápida e produção massiva de conteúdos que desarmem as campanhas de desinformação nos primeiros minutos. As Big Techs que operarem como agentes de sabotagem devem ser responsabilizadas com medidas legais duras, incluindo multas bilionárias, suspensão de atividades e, se necessário, nacionalização de serviços críticos que estejam comprometendo a segurança informacional do país.
No plano internacional, o Brasil precisa acelerar a formação de um bloco de defesa soberana no Sul Global, consolidando parcerias com China, Rússia, Índia, África do Sul e outros países que compreendem a importância de uma ordem multipolar. A resposta ao imperialismo não virá de lamentos ou recursos protocolares na OMC, mas de uma estratégia assertiva de cooperação econômica, tecnológica e militar com nações que também resistem à lógica de dominação.
Internamente, é fundamental implementar medidas emergenciais de proteção econômica, blindando setores estratégicos e garantindo que as retaliações norte-americanas não se transformem em crises sociais. O governo precisa criar um fundo soberano de contingência, apoiar empresas nacionais, garantir o abastecimento de produtos essenciais e incentivar a produção interna para reduzir a vulnerabilidade às sanções externas.
Do ponto de vista institucional, é urgente fortalecer os mecanismos de proteção jurídica contra o lawfare, garantindo que as instituições brasileiras não sejam capturadas pela pressão internacional. O STF e demais órgãos do Judiciário devem atuar em sintonia com o Executivo e o Legislativo, de forma a blindar o país contra manobras jurídicas que visem paralisar ou desmoralizar o governo.
E, acima de tudo, a base social precisa ser mobilizada em um grande movimento de defesa da soberania nacional. É hora de construir frentes amplas, unindo partidos, movimentos sociais, sindicatos, coletivos culturais e a sociedade civil organizada em um só grito: o Brasil não será colônia de ninguém. A luta será dura, mas a vitória é possível se estivermos organizados, conscientes e preparados para resistir em todos os campos.
O enfrentamento não será apenas até 2026. A batalha pela soberania é uma guerra de longa duração, e cada passo dado agora determinará a capacidade do Brasil de se afirmar como uma nação livre e protagonista no mundo.
Publicado originalmente no <código aberto>
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