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Washington acusa a esquerda colombiana por atentado contra senador conservador

Governo dos Estados Unidos responsabiliza o discurso de Gustavo Petro por clima de hostilidade após tentativa de assassinato de Uribe Turbay

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - 17/04/2025 (Foto: Foto: Reuters/JULIEN DE ROSA)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – Em um comunicado contundente, o governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, acusou a esquerda colombiana de fomentar um ambiente político hostil que teria culminado no atentado contra o senador conservador José Jaime Uscátegui Uribe Turbay. A notícia foi divulgada pela emissora pública portuguesa RTP, que repercutiu a reação norte-americana diante do episódio ocorrido no último sábado em Fontibón, a oeste de Bogotá.

“Esta é uma ameaça direta à democracia e o resultado de uma retórica violenta de esquerda que emana dos mais altos níveis do governo colombiano”, declarou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Ele pediu ao presidente colombiano, Gustavo Petro, que “reduza a sua retórica inflamatória e proteja os representantes públicos da Colômbia”.

O senador Uribe Turbay, de 39 anos, membro do partido liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, foi baleado com múltiplos disparos durante um comício — dois deles na cabeça, segundo socorristas que o levaram ao hospital. A gravidade do ataque provocou forte reação internacional, principalmente de figuras ligadas ao Partido Republicano dos EUA.

Em mensagem publicada na rede social X, o secretário de Estado reforçou o posicionamento da administração Trump: “Os Estados Unidos condenam veementemente a tentativa de assassinato do senador Uribe. Tendo testemunhado em primeira mão o progresso da Colômbia nas últimas décadas para consolidar a segurança e a democracia, o país não pode se dar ao luxo de voltar a tempos sombrios de violência política”.

O enviado especial da Casa Branca para missões internacionais, Richard Grenell, também se manifestou no X, descrevendo o ataque contra o “candidato conservador à presidência da Colômbia” como um “horror”.

Diversos congressistas norte-americanos da Flórida se somaram às críticas contra o governo Petro. O senador Rick Scott instou o presidente colombiano a agir com firmeza para proteger os cidadãos e mencionou as “constantes” ameaças de morte sofridas por Álvaro Uribe, que, segundo ele, “nunca deveriam ser toleradas”. Já a deputada María Elvira Salazar, conhecida opositora de Petro, classificou o episódio como “horrorizante”. “A violência política é a arma dos covardes. Deve ser enfrentada com uma defesa inabalável dos valores democráticos”, afirmou.

Diante da gravidade da situação, Gustavo Petro cancelou sua viagem à França, onde participaria da Cúpula dos Oceanos da ONU, e determinou resposta imediata ao caso. O governo colombiano ofereceu recompensa de até três milhões de pesos (equivalentes a cerca de 638 mil euros) por informações que levem à captura dos responsáveis pelo atentado, classificado oficialmente como um ato terrorista.

A escalada de tensão evidencia o frágil equilíbrio político colombiano, em que rivalidades históricas entre setores conservadores e progressistas voltam a adquirir contornos violentos, em meio à disputa pela sucessão presidencial. O episódio reacende o debate sobre a estabilidade democrática na Colômbia e o papel das lideranças políticas na promoção da paz ou da polarização.

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