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Venezuela acusa os Estados Unidos de planejar sabotagens e ataques seletivos

Ministro da Defesa Vladimir Padrino López afirma que Washington busca desestabilizar o país por meio de ações militares e campanhas de intimidação

Vladimir Padriño López, ministro da Defesa da Venezuela (Foto: Correo del Orinoco )

247 - O ministro da Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino López, denunciou nesta quarta-feira (8) que os Estados Unidos estão promovendo operações de sabotagem e incentivando assassinatos seletivos dentro do território venezuelano. Segundo o militar, as tentativas de desestabilização incluem ataques contra a rede elétrica, o fornecimento de gás e a distribuição de alimentos.

As declarações foram publicadas pela emissora Telesur, que destacou a gravidade das acusações e o contexto de tensão crescente entre Caracas e Washington. Padrino López falou durante as atividades da Operação Independência 200, realizadas nos estados de La Guaira e Carabobo, com a presença da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Acusações contra Washington

De acordo com o ministro, o objetivo norte-americano é introduzir forças especiais para executar ações de sabotagem e provocar uma “paralisia estratégica” na Venezuela. Ele afirmou que a pressão não se limita ao posicionamento militar no Mar do Caribe, mas inclui também “campanhas aéreas, uso de drones, bloqueios navais e a criação de zonas de exclusão aérea”.

Preparação militar e defesa estratégica

Padrino López ressaltou que a Venezuela trabalha em 27 ações territoriais para reforçar a segurança interna e impedir o avanço de inimigos em pontos estratégicos. Essas medidas incluem proteção de refinarias, oleodutos, gasodutos, complexos petroquímicos, plantas elétricas e hospitais.

“O imperialismo norte-americano atua de forma irracional, belicista, vulgar e grosseira. Inventam acusações para apontar o Estado venezuelano como narcotraficante e deslegitimar seus líderes”, declarou o ministro.

Ele também enfatizou a coesão da FANB diante das ameaças: “Temos um plano para contrarrestar esses ataques e garantir o funcionamento normal das atividades diárias do país”.

Operação Independência 200

As manobras militares realizadas nesta semana buscam fortalecer a capacidade operacional da FANB, proteger áreas vitais e impedir o avanço de tropas estrangeiras em território nacional. O governo bolivariano afirma que os exercícios são uma resposta direta às movimentações norte-americanas no Caribe e às recentes ameaças de incursões terrestres.Com foco em garantir o funcionamento dos serviços básicos e a proteção da infraestrutura crítica, a Operação Independência 200 representa um instrumento essencial para evitar a vulnerabilidade do país diante do que classifica como agressão externa.

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