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Trump diz que EUA realizaram novo ataque contra barco na costa da Venezuela

Segundo o presidente dos EUA, ação militar deixou seis supostos “narcoterroristas’ mortos

Donald Trump na ONU - 23/9/2025 (Foto: REUTERS/MIKE SEGAR)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (14) um novo ataque a uma embarcação acusada de envolvimento com o tráfico internacional de drogas. O alvo foi interceptado nas proximidades da costa da Venezuela, em uma operação do Comando Sul (USSOUTHCOM).

Ssegundo a CNN Brasil, Trump usou as redes sociais para afirmar que "sob minha autoridade permanente como Comandante em Chefe, na manhã de hoje, o Secretário da Guerra ordenou um ataque cinético letal contra uma embarcação afiliada a uma Organização Terrorista Designada, envolvida em narcotráfico na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA — nas proximidades da costa da Venezuela".

Inteligência dos EUA

Segundo Trump, relatórios de inteligência confirmaram que o barco transportava drogas e tinha conexões diretas com redes de narcoterrorismo. Trump acrescentou que a embarcação seguia por uma rota conhecida de cartéis de drogas internacionais que atuam no Caribe. A ofensiva, realizada em águas internacionais, deixou seis homens mortos. Todos foram classificados por Washington como “narcoterroristas”.

Quinta operação militar em poucas semanas

Esse foi o quinto ataque militar dos EUA contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico desde que o governo norte-americano passou a classificar cartéis de drogas como organizações terroristas. O ataque anterior ocorreu no início de outubro, quando militares destruíram outra embarcação que, segundo o secretário da Defesa, Pete Hegseth, era um “barco de narcotráfico”.

A estratégia da administração Trump tem reforçado o uso de ações militares para combater cartéis em rotas marítimas do Caribe. Washington argumenta que esses corredores são fundamentais para o transporte internacional de drogas e que grupos criminosos têm atuado em cooperação com redes terroristas.

Tensão militar cresce no Caribe

Atualmente, os Estados Unidos mantêm pelo menos dez navios de guerra no mar do Caribe, de onde realizaram diversos ataques contra embarcações venezuelanas sob a justificativa de combater o narcoterrorismo. Em paralelo, Trump determinou que Richard Grenell, enviado especial para Caracas, interrompesse tentativas de diálogo com Maduro.

Com isso, ganha espaço a estratégia mais dura defendida pelo secretário de Estado, Marco Rubio, o que analistas veem como um risco de que as operações militares dos EUA se transformem em uma ofensiva de alcance continental — reacendendo temores de uma ação militar disfarçada de combate às drogas.

Risco de crise humanitária

As relações entre Brasil e Venezuela seguem congeladas desde agosto do ano passado, quando Lula deixou de falar com Maduro após denúncias de fraude eleitoral não reconhecidas por observadores como o Carter Center.

No entanto, diplomatas brasileiros alertam que qualquer ofensiva contra Maduro pode desencadear uma crise humanitária sem precedentes, marcada por um êxodo em massa de refugiados. Para Brasília, esse cenário ameaçaria diretamente a estabilidade regional e colocaria à prova a capacidade de resposta dos países vizinhos.

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