Secretário de Defesa dos EUA ameaça Maduro após ataque a barco na Venezuela
Pete Hegseth acusa o presidente venezuelano de ser líder de um "narcoestado" e reafirma ameaça com recompensa de US$ 50 milhões pela prisão de Maduro
247 - O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, intensificou as críticas ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, chamando-o de chefe de um "narcoestado". A acusação, segundo o Metrópoles, foi feita durante uma entrevista à Fox News, após um ataque militar realizado pelas Forças Armadas dos EUA a um barco suspeito de transportar drogas. Hegseth afirmou que o ataque ocorre em meio a uma crescente escalada de tensões entre os dois países, especialmente após a recente designação de Maduro como líder do cartel de drogas Los Soles e o aumento da recompensa oferecida pelos Estados Unidos pela sua captura, que agora é de US$ 50 milhões.
O ataque, realizado por navios de guerra norte-americanos, ocorreu nas águas costeiras do sul do Caribe e resultou na morte de 11 pessoas, supostamente membros do grupo narcotraficante Tren de Aragua. Hegseth destacou o objetivo da ação: "Esses 11 traficantes de drogas não estão mais entre nós. Querem tentar traficar drogas? É um novo dia. Não vamos mais tolerar isso". O secretário afirmou ainda que a operação envia uma mensagem clara aos cartéis: "Sabíamos quem estava naquele barco, o que eles estavam fazendo e quem eles representavam, e isso era o Tren de Aragua".
"Essas drogas em particular provavelmente estavam a caminho de Trinidad ou de outro país no Caribe, onde apenas contribuem para a instabilidade que esses países enfrentam. Portanto, o presidente foi muito claro que ele vai usar todo o poder da América e toda a força dos Estados Unidos para enfrentar e erradicar esses cartéis de drogas", disse ele.
A operação naval surge no contexto de uma política externa dos EUA cada vez mais agressiva contra o governo de Maduro. O ataque reflete a acusação de Washington de que o presidente venezuelano tem laços estreitos com organizações criminosas de tráfico de drogas. Recentemente, o governo Trump enviou mais de 4.500 militares para reforçar a presença nas águas caribenhas, com o objetivo de combater cartéis de narcotraficantes que operam na região.
A Venezuela, por sua vez, reagiu ao ataque militar mobilizando suas forças armadas. O governo de Caracas deslocou 15 mil soldados para a fronteira com a Colômbia e pediu à ONU que interceda em nome da soberania do país, pressionando os Estados Unidos a cessarem suas ações. Até o momento, não foram apresentadas provas concretas ligando diretamente Maduro ao ataque ou ao tráfico de drogas.
Em resposta à ameaça, Hegseth não poupou palavras: "A única pessoa que deveria estar preocupada é Nicolás Maduro, que atua como chefe de um narcoestado, não eleito e indiciado com recompensa de US$ 50 milhões pelos Estados Unidos. Sabemos que ele está envolvido em tipos de tráfico de drogas que afetam diretamente o povo americano, então a China ou outros países vão dizer certas coisas e isso é prerrogativa deles".