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Petro reage a ameaças de Trump e convoca embaixador nos EUA para consultas

Ministério das Relações Exteriores da Colômbia diz que o governo informará nas próximas horas "as decisões tomadas a respeito"

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, discursa na Cidade do Panamá, Panamá, em 28 de março de 2025. (Foto: REUTERS/Enea Lebrun)

247 - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou o embaixador do país em Washington após as ameaças de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos. Segundo o UOL, um comunicado do Ministério das Relações Exteriores destaca que o governo colombiano informará nas próximas horas "as decisões tomadas a respeito". O gesto marca um agravamento da crise diplomática entre Bogotá e Washington, em meio a acusações públicas e operações militares no Caribe.

A reação de Petro ocorreu depois que Trump acusou o governo colombiano de conivência com o narcotráfico. O colombiano rebateu em tom firme, dizendo: “você é grosseiro e ignorante em relação à Colômbia. Se eu não sou um empresário, muito menos um traficante de drogas, não há ganância em meu coração”. 

Anúncio de tarifas e suspensão de repasses

Neste final de semana, Trump também  anunciou que irá aumentar tarifas de importação sobre a Colômbia e suspender todos os repasses financeiros ao país sul-americano, aprofundando a crise diplomática entre Washington e Bogotá.

Troca de acusações públicas

Em resposta, Petro acusou Trump de se deixar manipular por aliados e orientou que ele se informe melhor sobre a realidade colombiana. “Trump foi enganado por seus camaradas e assessores. Recomendo que Trump leia a Colômbia com atenção e determine de que lado estão os traficantes de drogas e de que lado estão os democratas”, escreveu.

O presidente colombiano também destacou suas diferenças ideológicas em relação ao norte-americano: “Não estou no ramo, como você: sou socialista. Acredito na ajuda humanitária e no bem comum, e no bem comum da humanidade, o maior de todos: a vida, ameaçada pelo seu petróleo”.

Denúncia de violação marítima

A crise ganhou força após o governo colombiano denunciar que uma operação militar dos Estados Unidos violou seu espaço marítimo no Caribe. Segundo Petro, a ação, apresentada por Washington como parte de uma ofensiva contra o narcotráfico, resultou na morte de um pescador colombiano. A denúncia aumentou a tensão entre os dois países, levando Petro a reforçar a defesa da soberania nacional e a exigir explicações formais.

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