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      Maduro denuncia plano dos EUA para derrubar o governo com ameaça militar

      Presidente Nicolás Maduro pede união nacional diante de planos de agressão dos Estados Unidos contra a Venezuela

      Nicolás Maduro condena ameaça militar dos EUA (Foto: Presidência venezuelana )
      José Reinaldo avatar
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      247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta sexta-feira (22) que os Estados Unidos estão articulando uma tentativa de derrubada do governo no país por meio de uma ação “terrorista militar”. Reportagem da Telesur informa que a declaração foi feita durante o ato público “Em Defesa da Soberania e da Paz da Venezuela, da América Latina e do Caribe”, realizado na Assembleia Nacional, em Caracas.

      Maduro alertou que a ofensiva faz parte de uma nova etapa da guerra psicológica conduzida pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e reiterou que a região latino-americana deve se manter firme diante de ameaças externas. O chefe de Estado pediu que a população e o espectro político do país deixem as diferenças internas de lado para garantir a paz e a soberania nacional.

      “Quem ataca um, ataca todos”, diz Maduro

      Durante o discurso, o mandatário qualificou como “imorais, criminosos e ilegais” aqueles que tentam impor uma mudança de regime à Venezuela por meio da força militar. Em seu apelo à unidade, Maduro destacou:

      “Quem ataca um na América Latina, ataca todos. Quem ameaça um, ameaça todos os países. É hora de coragem para unir nossos esforços, para unir a vontade nacional, para deixar de lado as diferenças menores ou internas.”

      O evento reuniu parlamentares, autoridades do governo e até representantes da oposição, que se uniram em torno da defesa da autodeterminação e do direito da Venezuela de decidir seus próprios rumos sem interferência externa.

      Contexto regional e risco à Zona de Paz

      A denúncia de Maduro ocorre em meio à presença de destacamentos militares dos EUA no Caribe, cenário que ameaça diretamente a Zona de Paz proclamada pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em 2014, durante a cúpula em Havana, Cuba.

      O acordo regional, firmado há mais de uma década, estabeleceu o compromisso de resolver conflitos de forma pacífica, sem uso da força e com respeito à soberania e à autodeterminação dos povos. Esse marco, considerado histórico para a integração latino-americana, agora é posto em xeque com a escalada de tensões.

      Defesa da soberania e recado à comunidade internacional

      Em sua fala, Maduro afirmou que qualquer ameaça contra a Venezuela deve ser interpretada como uma agressão a todo o continente. O presidente insistiu na importância de reforçar o respeito ao direito internacional e aos princípios da Carta das Nações Unidas.

      “É hora de a Venezuela falar a uma só voz, a voz da verdade, da pátria, do nosso direito à paz, ao desenvolvimento, à harmonia, e para que a autodeterminação do nosso povo, a nossa soberania e a nossa independência sejam respeitadas”, declarou.

      A fala de Maduro, marcada por críticas diretas a Washington, reforça o discurso do governo venezuelano de resistência às pressões externas, ao mesmo tempo em que busca consolidar apoio interno em meio às ameaças.

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