Lançadores de mísseis e proteção contra armas químicas: veja mais detalhes da operação dos EUA contra a Venezuela
As embarcações americanas são capazes de realizar ataques contra aeronaves, enfrentar submarinos e atingir alvos em terra firme
247 - Navios de guerra dos Estados Unidos foram deslocados para a região do Caribe, nas proximidades da Venezuela. Trata-se dos destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson. A sigla USS corresponde a United States Ship (Navio dos Estados Unidos, em tradução literal). Essas embarcações pertencem à classe Arleigh Burke, desenvolvida para cumprir uma ampla gama de operações navais. São capazes de realizar ataques contra aeronaves, enfrentar submarinos e atingir alvos em terra firme. Contam com sistemas de defesa contra ameaças químicas, biológicas e nucleares. Os detalhes sobre a capacidade militar norte-americano foram publicados nesta quarta-feira (20) no Portal G1.
O diferencial desses destróieres está no sistema de combate Aegis, integrado ao projeto da classe Arleigh Burke desde o início dos anos 1990. Esse recurso reúne radares avançados e artilharia controlada por computadores, elevando a capacidade de resposta em diferentes cenários de conflito.
Cada navio possui dois hangares destinados a helicópteros MH-60 Seahawk, aeronaves projetadas principalmente para a Marinha norte-americana. Esses helicópteros permitem a execução de missões variadas, como transporte de suprimentos, resgate, remoção de pessoal e até mesmo o apoio logístico a outras embarcações. Os hangares também possibilitam a operação de drones.
A classe Arleigh Burke foi pioneira ao adotar sistemas de filtragem de ar voltados à proteção da tripulação contra agentes químicos, biológicos e radioativos. Entre os recursos instalados estão compartimentos pressurizados, escotilhas duplas com câmaras de ar e estruturas para descontaminação de indivíduos expostos.
Além disso, esses destróieres contam com mecanismos que protegem seus equipamentos eletrônicos contra pulsos eletromagnéticos (PEM), usados em estratégias inimigas para neutralizar sistemas de comunicação e controle a bordo.
Entenda
Mais de 4 mil militares norte-americanos serão deslocados para o Caribe, em uma área próxima à costa da Venezuela. Segundo autoridades dos Estados Unidos, a medida integra ações de combate ao narcoterrorismo. Paralelamente, foi anunciado um aumento na recompensa por informações que resultem na prisão ou condenação do presidente venezuelano, agora fixada em até US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões).
Nicolás Maduro é alvo de acusações formais de narcoterrorismo nos EUA desde março de 2020, período em que Donald Trump, atual presidente norte-americano, cumpria seu primeiro mandato. Na ocasião, Washington oferecia uma recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 75 milhões). O valor subiu para US$ 25 milhões em janeiro de 2025, durante o governo de Joe Biden, em resposta à posse de Maduro para um novo mandato. Pouco depois, o montante foi novamente elevado, atingindo a marca de US$ 50 milhões.
O governo venezuelano divulgou nota oficial rejeitando as acusações e a ampliação da recompensa. O comunicado descreve as declarações norte-americanas como “ameaças” que, segundo Caracas, “comprometem não apenas a Venezuela, mas também a paz e a estabilidade de toda a região”. O texto afirma ainda que o país “defenderá seus mares, céus e territórios”, mencionando o que qualificou como “uma ameaça absurda de uma potência em declínio”.
Petróleo
A Venezuela ocupa posição estratégica no cenário internacional, não apenas por sua atuação política, mas também pela relevância de suas reservas de petróleo.
Segundo dados publicados pelo World Atlas, em 2024 o país liderava o ranking mundial de reservas comprovadas, com 300,9 bilhões de barris. Em seguida apareciam a Arábia Saudita, com 266,5 bilhões de barris, e o Canadá, com 169,7 bilhões.
Na sequência figuravam o Irã (157,8 bilhões de barris), o Iraque (150 bilhões), a Rússia (103,2 bilhões), o Kuwait (101,5 bilhões), os Emirados Árabes Unidos (97,8 bilhões), os Estados Unidos (48,5 bilhões) e a Líbia (48,4 bilhões).
O Brasil aparecia em 15º lugar, com reservas estimadas em 16,2 bilhões de barris, o equivalente a cerca de 1% do total mundial.
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